Indignado com a condução da arbitragem no Maracanã, Filipe Luís deixou o empate em 1 a 1 entre Flamengo e Grêmio, pela 22ª rodada do Brasileirão, com um recado direto à CBF: falta de critério.
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O técnico avaliou que o Rubro-Negro foi amplamente superior, criou o suficiente para vencer e acabou punido por um pênalti nos minutos finais — lance classificado por ele como uma fatalidade, após a bola tocar no braço de Ayrton Lucas, convertido pelo goleiro Tiago Volpi. Antes, Arrascaeta havia aberto o placar no início da etapa final.
O treinador criticou o que chamou de jogo picotado e excesso de faltas sem padrão, cobrando que a confederação faça os árbitros revisarem suas próprias atuações para corrigir reincidências. Na avaliação interna, decisões consideradas equivocadas prejudicaram o Flamengo, com destaque para o cartão amarelo aplicado a Léo Ortiz em um desarme limpo, o que deixa o zagueiro suspenso para a próxima rodada.
“Os jogadores falam com o árbitro, mas estão tão concentrados em vencer. Não é o trabalho deles ir lá brigar com o juiz, ficar reclamando toda hora. Quem tem que fazer o trabalho dele é o juiz, apitar o que tem que apitar. O que eu gostaria é que colocassem um jogo para o árbitro (assistir) e corrigissem o que ele faz também. Que ele assistisse ao jogo, às coisas que eles erram”, afirmou antes de concluir:
“Tenho muita dúvida se fazem isso. Os erros se repetem, os critérios não se corrigem, o jogo fica picotado, chato, 500 mil faltas que não são. Critério zero. Isso me decepciona muito, porque o que a gente mais quer é isso: não se preocupar com o árbitro. Pensar simplesmente no jogo”, finalizou ele.
Do ponto de vista tático, Filipe destacou o domínio territorial e o volume ofensivo do Fla, além do controle das bolas longas do Grêmio, que pouco ameaçou até o pênalti. Ele lamentou escolhas finais em transições que poderiam ter definido a partida e disse sair “realista” com o desempenho, apesar do resultado.
“No jogo de hoje, fomos muito superiores, tivemos muitas, muitas chances de fazer gol, volume muito grande de jogo. Verdade, jogo muito parado, tipo de jogo que não gosto, mas criamos inúmeras chances. Mais do que suficiente para fazer o primeiro e o segundo, e, em um lance duvidoso, acabaram empatando. O Brasileiro é muito difícil, mas merecíamos vencer, ter um resultado melhor. Infelizmente, não veio”, comentou o treinador.
No elenco, a boa notícia foi o retorno de De la Cruz ao time titular. O uruguaio deu ritmo ao meio-campo, mas pediu para ser substituído por questões físicas, e segue tratado como pilar do modelo de jogo. Já Samuel Lino completou um mês de clube e foi convocado para a seleção brasileira, movimento visto pelo técnico como merecido e promissor para a sequência da temporada.
Com Léo Ortiz fora por suspensão, o Flamengo volta a campo no dia 14 de setembro, contra o Juventude, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
