São Paulo tenta dar o “bote” final por Marcos Leonardo e coloca pressão máxima no Flamengo a poucas horas do fechamento da janela. O centroavante do Al-Hilal virou o grande enredo do mercado: atraído pela vitrine do futebol brasileiro e de olho na seleção, o jogador já sinalizou abertura para retornar ao país, enquanto os clubes correm contra o relógio para montar a engenharia financeira.
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No Flamengo, a operação oscilou entre ambição e prudência. Em determinado momento, a cúpula rubro-negra admitiu internamente a possibilidade de compra, na casa de 25 milhões de euros, por entender que o camisa 9 se encaixa no perfil traçado por Filipe Luís. Ao mesmo tempo, prevaleceu o discurso de respeito ao teto salarial — oferta próxima de R$ 2 milhões mensais, abaixo da pedida do atleta, estimada em cerca de R$ 3 milhões.
O impasse esfriou as conversas e abriu brecha para a concorrência. Há, inclusive, quem garanta na Gávea que não há espaço para mais uma chegada nesta janela.
O São Paulo leu a rota de colisão e acelerou. O Tricolor intensificou contatos, trabalhou para reduzir a exigência salarial do jogador e agora mira o acerto com o Al-Hilal. No pacote, ganha força um desenho por empréstimo com participação dos sauditas no pagamento dos vencimentos — movimento que tornaria o negócio viável sem ferir o orçamento tricolor.
Do lado saudita, as conversas orbitam dois caminhos: um empréstimo de 12 a 18 meses, com taxa e eventual gatilho de compra, ou uma venda imediata se o comprador topar valores robustos.
A diretoria rubro-negra mantém a convicção de projeto esportivo e elenco competitivo como trunfos, mas a rigidez no salário pode custar caro. O São Paulo, por outro lado, capitaliza a urgência da janela e a flexibilidade nas conversas para se colocar à frente neste sprint final.
O prazo final é nesta terça-feira (2).
