
Maracanã em ebulição, recorde quebrado e liderança preservada: no encontro de gigantes deste domingo, Flamengo e Grêmio ficaram no 1 a 1 pela 22ª rodada do Brasileirão, mas o empate veio embalado por um cenário de festa. Foram 69.447 presentes — 64.495 pagantes — e renda de R$ 4.995.950, a maior do campeonato até aqui.
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O novo número supera o Fla-Flu da decisão do Carioca, que havia levado 69.393 torcedores (64.351 pagantes) ao Maracanã. A hegemonia rubro-negra nas arquibancadas se estende pela temporada: em 26 partidas como mandante, o clube sustenta média de 47.026 pagantes por jogo, e ainda domina a lista de maiores bilheterias do calendário nacional.
Em campo, o Flamengo controlou as ações desde o apito inicial. Aos 5 minutos, Varela invadiu, dividiu com Tiago Volpi e a arquibancada pediu pênalti — lance interpretado como normal por Paulo César Zanovelli. Recuado, o Grêmio ofereceu pouco, e o Rubro-Negro empilhou ocasiões: Saúl achou Ayrton Lucas em lançamento milimétrico, Noriega quase marcou contra ao cortar para trás e, no fim da etapa, Volpi barrou Pedro à queima-roupa antes de o próprio zagueiro gremista salvar em cima da linha após novo desvio do camisa 9.
O ritmo seguiu alto na volta do intervalo. Depois de Léo Pereira desperdiçar boa chance, o gol saiu aos 8 minutos: recuperação de Ayrton Lucas, aceleração de Samuel Lino, tabelinha entre Pedro e Arrascaeta e finalização rasteira do uruguaio no cantinho, sem chance para Volpi. Pouco depois, De La Cruz levou perigo em cobrança de falta que passou lambendo a trave.
Filipe Luís ajustou peças — Luiz Araújo no lugar de Plata, depois Bruno Henrique e Evertton Araújo nas vagas de Pedro e De La Cruz —, mas a grande figura do outro lado já tinha dono. Volpi operou um milagre ao se esticar no cabeceio de Léo Pereira, mantendo o Grêmio vivo. Do outro lado, a arbitragem gerou irritação na torcida rubro-negra por faltas sem cartão e pelo amarelo em Léo Ortiz, que o suspende do próximo jogo.
A frieza gremista foi premiada na reta final. Pavon cruzou, a bola tocou a mão de Ayrton Lucas e Zanovelli marcou pênalti. O próprio Tiago Volpi assumiu a cobrança e converteu, colocando o 1 a 1 no placar e roubando do Flamengo a vitória que parecia encaminhada.
Mesmo com o tropeço em casa, o Flamengo alcança 47 pontos em 21 partidas e segue isolado no topo. O Cruzeiro é o perseguidor mais próximo, com 44 e um jogo a mais, enquanto o Palmeiras ainda atua neste domingo e pode chegar a 45. Com a arquibancada em modo decisão e o time impondo volume, o Rubro-Negro sai com gosto amargo, mas preserva a dianteira — e reafirma o Maracanã como epicentro do futebol brasileiro em 2025.