Os destaques do dia passam por uma negociação importante no Flamengo, um balanço histórico da 2ª janela de transferências do futebol brasileiro e os avanços — com novo cronograma — do projeto do estádio rubro-negro no Gasômetro.
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Matheus Gonçalves deixa o Flamengo rumo ao Al Ahli
Promessa do Ninho do Urubu, Matheus Gonçalves subiu cedo ao profissional, alternando passagens entre o elenco principal e a base desde 2022. Em 2025, sob Filipe Luís, perdeu espaço: foram 15 aparições no time de cima, titularidade apenas em formações alternativas e um retorno pedido ao sub-20, onde participou da conquista da Copa Intercontinental da categoria.
Na reta final da janela, após tratativas não concluídas com Cruzeiro e CSKA, o Flamengo acertou sua venda ao Al Ahli, da Arábia Saudita, por 8 milhões de euros, segundo o ge.
“O próprio Matheus Gonçalves não estava confortável, na opinião dele, pela falta de oportunidades na equipe profissional. Ele teve oportunidades. Muitas vezes a pergunta que eu faço, quando questionam por que o Matheus Gonçalves não joga mais, é: ‘Tira quem?’”.
O negócio foi moldado por mercado aquecido e pela disputa intensa por posições no rubro-negro. O Cruzeiro havia oferecido 3,5 milhões de euros por 50% dos direitos e recuou; o CSKA propôs 7 milhões. Ao encerrar sua passagem, Matheus somava 54 jogos pelo clube e, em 2025, 15 partidas e dois gols pelo time principal.
“Matheus Gonçalves tem talento. Vai ser bom para todas as partes: parte financeira para o Flamengo, para o Matheus Gonçalves e para quem o agencia, que tem uma oportunidade de valorizar mais. A nível de negócio foi bom para todos, acima de tudo para o Matheus. Acho que ele vai ser feliz onde está”.
Recorde no meio do ano: a 2ª janela fecha com gasto inédito
A 2ª janela de transferências do futebol brasileiro, encerrada nesta terça-feira (2), registrou 110 contratações entre os 20 clubes da Série A. Segundo levantamento do Blog do Rafael Reis com base no Transfermarkt, os times investiram 193 milhões de euros — maior valor para um meio de ano, superando o recorde anterior de 191,6 milhões de euros, de 2024. No recorte histórico, o número só fica atrás dos começos de temporada de 2024 e 2025, este último líder com 315,2 milhões de euros.
Os gastos se concentraram em Botafogo (49,2 milhões de euros), Flamengo (43,5 milhões) e Palmeiras (41 milhões), que juntos somaram 133,7 milhões de euros. Entre as operações mais caras, apareceram Danilo, do Botafogo (23 milhões), Samuel Lino, do Flamengo (22 milhões), Jorge Carrascal e Ramón Sosa (12,5 milhões cada), Arthur Cabral, do Botafogo (12 milhões), Andreas Pereira, do Palmeiras (10 milhões), além de Emerson Royal (9 milhões) e Álvaro Montoro (7,9 milhões).
No Botafogo, a lista confirmou ofensiva agressiva: Danilo (23 milhões), Arthur Cabral (12 milhões), Álvaro Montoro (7,9 milhões), Jordan Barrera (4,3 milhões) e Kaio (2 milhões) chegaram em definitivo; Neto e Joaquín Correa vieram sem custo, enquanto Chris Ramos e Gabriel Bahia assinaram por empréstimo. Em volume, o clube alvinegro puxou a fila do mercado.
Atrás do trio mais gastador, Cruzeiro (13,5 milhões de euros), Bahia (10 milhões), Fluminense (8,6 milhões), Red Bull Bragantino (7 milhões) e Atlético-MG (6,5 milhões) movimentaram cifras mais modestas. Em número de reforços, Fortaleza e Juventude lideraram com 11 chegadas cada. Nas saídas, o Palmeiras faturou 90 milhões de euros — metade com Estêvão ao Chelsea —, enquanto Flamengo e Botafogo arrecadaram na casa dos 70 milhões. Entre as maiores vendas, destacaram-se Estêvão (45 milhões), Richard Ríos (27 milhões), Gerson e Wesley (25 milhões), Thiago Almada (21 milhões) e Igor Jesus (19 milhões).
Estádio no Gasômetro: Flamengo oficializa prazos mais longos e mantém projeto
O Flamengo manteve o projeto do estádio próprio no Gasômetro, no Rio, mas revisou o cronograma que previa inauguração em 2029. Na última sexta-feira (29 de agosto), clube e Prefeitura assinaram um termo de compromisso no Palácio da Cidade que assegura a permanência no terreno e prorroga prazos, diante da complexidade dos estudos técnicos. A nova data não foi definida; o clube segue com a concessão do Maracanã, em parceria com o Fluminense, até 2044.
“O Flamengo tem tido muito sucesso no futebol pela sua capacidade de gestão. Seguidas administrações gerindo bem os recursos do clube, tendo responsabilidade. O que o presidente Bap fez foi: ‘Vamos manter a aquisição do terreno’, então passa a ser propriedade do Flamengo”
Paralelamente, a diretoria encaminhou o pagamento à Caixa Econômica Federal para reafirmar a posse da área e, em abril de 2025, contratou empresas para aprofundar análises: a Arena Events + Venues coordena o projeto básico; a Aecom avalia a contaminação do solo; a Soloteste reúne dados geotécnicos; e a JDS executa levantamentos topográficos. Prazos e custos de descontaminação não foram divulgados.
“Aí, é uma questão de modelagem que o presidente Bap e a direção do clube vão fazer para ver com que prazo, sem comprometer as finanças do clube, o desempenho esportivo… Não resisto à brincadeira, eu adoraria que comprometesse o desempenho esportivo para o Vascão ganhar”