O Flamengo tem vivido temporadas de conquistas, mas nem todos os atletas escapam de críticas. Um dos nomes em pauta foi o lateral Danilo, que atualmente também atua como zagueiro. O ex-jogador Jorginho, campeão do mundo em 1994 e referência na posição, apontou falhas na forma como o atleta tem desempenhado sua função, especialmente quando convocado para a Seleção Brasileira.
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Durante entrevista ao podcast Basticast, Jorginho destacou a importância da participação ofensiva dos laterais, ressaltando que a função não pode se resumir à defesa. Segundo ele, há uma carência no futebol moderno de jogadores que cheguem à linha de fundo para cruzar.
“Lateral precisa saber cruzar. Hoje em dia, no futebol moderno, é difícil de conseguir ver isso. Hoje é um jogo muito apoiado e com poucos laterais chegando ao fundo. Os pontas jogam com pernas ‘trocadas’ e normalmente cortam para dentro, o lateral tem que passar”, declarou Jorginho.
O ex-lateral foi além e criticou diretamente o desempenho de Danilo em jogos da Seleção. Ele relembrou uma atuação em que o jogador não conseguiu realizar nenhum cruzamento, o que considera inadmissível para a posição.
“Eu vi alguns jogos recentes da Seleção Brasileira e dava desespero de olhar o lateral não passar. Acabou não dando um cruzamento. O Danilo é um grande lateral, mas teve um jogo que ele, se eu não me engano foi contra a Argentina, não chegou ao fundo uma vez. Não pode um lateral não cruzar uma bola durante todo o jogo”, afirmou.
Segundo Jorginho, a adaptação de Danilo para atuar como terceiro zagueiro ajuda na defesa, mas compromete sua participação no ataque. Para ele, é essencial que um jogador com essa função saiba equilibrar os dois papéis, algo que estaria em falta no estilo do atleta.
Danilo chegou ao Flamengo no início da temporada e rapidamente se tornou um dos mais experientes do elenco. Ele participou das campanhas que renderam ao clube a Supercopa do Brasil e o Campeonato Carioca. No entanto, a crítica de Jorginho reacende o debate sobre a melhor forma de utilizá-lo.
Aos 34 anos, o lateral acumula passagens importantes no futebol europeu e mantém espaço tanto no clube quanto na Seleção. Entretanto, as observações de Jorginho reforçam a exigência que a torcida e analistas fazem sobre a necessidade de laterais mais participativos ofensivamente.