A Nação Rubro-Negra voltou ao centro das conversas nesta semana, com ampla mobilização de torcedores e a participação de Zico. Nas redes e em programas esportivos, o tema ganhou destaque e gerou reações públicas. Entretanto, as manifestações se concentraram em torno de uma iniciativa apresentada oficialmente pelo Flamengo.
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Na terça-feira (09 de setembro), o clube lançou uma campanha em que pede à Organização das Nações Unidas o reconhecimento da Nação Rubro-Negra como a primeira “Nação simbólico-cultural” do planeta. O anúncio ocorreu em pronunciamento de Zico, que atuou como porta-voz do movimento diante da torcida.
“Se fôssemos um país, teríamos a 36ª maior população do mundo. Somos mais de 45 milhões de pessoas unidas sob uma mesma bandeira… Pleiteamos que a ONU reconheça que existe uma Nação que se forma não pela geografia, mas pelo sentimento coletivo”
Além disso, em apenas 24 horas, a petição já soma mais de 270 mil assinaturas de flamenguistas. A meta divulgada era alcançar 100 mil até o próximo final de semana, porém o número foi atingido poucas horas após a divulgação. Para aderir, torcedores acessam peticao.flamengo.com.br. Nas redes, rubro-negros enalteceram a campanha, enquanto a ação causou alvoroço entre os rivais.
Segundo comunicado do clube, a campanha pretende engajar a torcida em um movimento de caráter simbólico e ressaltar sua dimensão cultural e social. Aliás, a direção sustenta que um eventual reconhecimento, ainda que simbólico, funcionaria como validação internacional de um fenômeno já observado no Brasil e fora dele.
“A campanha tem como objetivo engajar a imensa torcida rubro-negra em torno de um movimento simbólico, que traduz o que já é realidade: a força cultural, social e emocional do Flamengo ultrapassa fronteiras. O reconhecimento pela ONU, ainda que em caráter simbólico, seria a validação internacional de um fenômeno que já se manifesta no Brasil e em todo o mundo”
Por outro lado, a iniciativa recebeu críticas no programa G4 Band Sports. Durante a atração, o jornalista Arnaldo Ribeiro contestou o pleito ao questionar critérios e apontar um traço de superioridade clubística. A manifestação ocorreu em comentário sobre a campanha apresentada pelo Flamengo.
“Essa coisa de ser maior, ou se sentir maior do que os outros. Uma certa soberba clubística. Não acho que seja mensurável apenas com números de torcedores. Nunca entendo quando um clube popular toma essa iniciativa, quando pretende se separar e ser uma coisa única, e não admirada pelos outros. Isso afasta outras pessoas”, disse Arnaldo.
