André Rizek voltou a debater o tratamento da mídia ao Flamengo no Charla Podcast. A conversa foi ao ar nesta terça-feira (16 de setembro) e reacendeu discussões entre torcedores nas redes.
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Segundo o jornalista, ao longo dos anos se consolidou um “tratamento nobre” ao clube na cobertura esportiva. Entretanto, rivais com conquistas parecidas receberiam enquadramentos depreciativos, o que teria moldado expectativas no debate público.
“Quando eu vim morar no Rio de Janeiro, em 2010, meu primeiro choque foi com a cobertura da mídia. A primeira coisa que eu percebi foi que o Flamengo tem um tratamento nobre. Por exemplo, se o Flamengo vence a Taça Guanabara: ‘A Guanabara é do Mengão!’. Aí o Botafogo ganha o Campeonato Estadual: ‘Botafogo vence o Estadual esvaziado’. Espera, alguma coisa tá diferente “
Rizek ainda citou comparações de manchetes envolvendo Vasco, Real Madrid e Liverpool, além de lembrar a atenção dada a Ronaldinho no Flamengo. Além disso, afirmou que parte da torcida se acostumou a esse tipo de abordagem.
“Ronaldinho espirrava, RONALDINHO! Aí o Vasco ganhava do Aurora, maior goleada da história internacional do Vasco, quatro linhas. Está estranho. E aí você acostuma o torcedor do Flamengo que tem que ser assim. Ao Flamengo tudo e aos outros nada. Zoeira, trata com desdém, com piada. Então o próprio torcedor do Flamengo se habituou a esse tratamento”.
O jornalista também levou o argumento ao debate sobre a comparação entre Arias e Arrascaeta no noticiário. Além disso, reforçou que a crítica é à cultura de cobertura, não ao clube.
“Eu disse que o John Arias era, na minha opinião, o melhor e o mais completo jogador em atividade no Brasil. ‘Mas e o Arrasca?’. Eu não falei do Flamengo, estou falando do Arias. Não pode elogiar nada que seja fora do Flamengo . Não é nada contra o clube. Foi se criando uma cultura de mídia no Brasil, que é ‘Ao Flamengo tudo, e aos outros, porrada, zoeira, diminuição e desrespeito’. O Flamengo é o clube mais popular do Brasil, uma marca muito poderosa. Mas os outros também têm que ser tratados com respeito”