Entenda como o Flamengo planeja pagar pela construção do estádio

Estádio do Flamengo (Foto: Divulgação)

O Flamengo apresentou na quarta-feira (17 de setembro), ao Conselho Deliberativo, um novo estudo de viabilidade para o estádio no Gasômetro. A diretoria, liderada por Luiz Eduardo Baptista, detalhou prazos, custos e caminhos de financiamento com base em análise da FGV.

Segundo os documentos, o clube pretende adotar um modelo de poupança a partir de janeiro de 2026, aliado à captação de receitas como naming rights. Na primeira fase, de 2026 até agosto de 2028, a reserva mensal prevista é de R$ 5,8 milhões.

Depois, a estimativa sobe para R$ 11,6 milhões mensais e, por fim, R$ 12 milhões, além de despesas com terreno e licenças. Além disso, a diretoria projeta R$ 195 milhões com a venda do potencial construtivo da Gávea e ganhos com camarotes, cadeiras cativas e naming rights por cinco anos.

Os valores do projeto também foram revisados. A apresentação listou custo revisado de R$ 2,2 bilhões, enquanto outras peças apontam total de R$ 3,1 bilhões com custo de capital, segundo a nota do clube.

“A FGV calculou o custo final atualizando a inflação, contingências, e insumos em R$ 2,66 bilhões. Com a inclusão do custo de capital o valor total do estádio é de R$ 3,1 bilhões.”

O desenho atual prevê arena de 72 mil lugares e conclusão a partir de 2034. No entanto, o prazo mínimo indicado é julho de 2036, a depender de fatores externos.

Um entrave central envolve a Naturgy, que ocupa 55% do terreno com uma subestação de gás, e precisa de remanejamento antes das obras.

“Conforme o comunicado da Naturgy enviado ao Flamengo em 10 de setembro de 2025, o tempo estimado de remanejamento é de quatro anos, após a obtenção de novo endereço para a instalação da subestação, a cargo da Prefeitura.”

Além disso, segundo a Aecom, há 21 estudos públicos sobre a complexidade da contaminação. A FGV apontou descontaminação entre 18 e 24 meses após a saída da Naturgy, e, após a licença, o clube tem 36 meses para iniciar as obras.