No Flamengo desde 2022, Erick Pulgar descreveu como passou a ganhar voz no elenco e, sobretudo, confiança nos companheiros. Adaptação à uma nova cultura é sempre muito difícil, seja dentro ou fora de campo, mas o processo extracampo do chileno foi ainda melhor do que ele imaginava.
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A experiência de jogadores no saber ouvir teve um peso importantíssimo na adaptação de Pulgar à rotina no clube. Para ele, a maturidade dos companheiros teve um papel crucial em sua forma de se posicionar profissionalmente.
“Aqui pude evoluir mais. Ter mais confiança e respeito. Tem jogadores que, quando você diz algo, dá uma ordem, levam a mal. E isso não é bom para o time. Quando cheguei havia muitos jogadores de qualidade que permitiam isso. Quando chego no Flamengo está David Luiz, Filipe Luis, muitos jogadores que jogaram na Europa”, e prosseguiu:
“Então, sabem de estilo de jogo mais tático. Conversando com eles, te abre mais a mente. Eu pude crescer mais nisso. Ter mais confiança dos companheiros. De poder falar. No campo eu sou outra pessoa”.
Histórico de lesões
Mas Pulgar também lidou — e ainda lida — com frustrações no clube, especialmente com lesões. Em recuperação de uma fratura no pé direito, o volante é desfalque desde a eliminação para o Bayern de Munique no Mundial de Clubes, em junho.
Na última terça-feira (23), o Flamengo informou que o jogador entrou na reta final dos trabalhos em campo, acompanhado pela fisioterapia. Ele não acompanhou a delegação à Argentina e segue o planejamento no Ninho do Urubu.
Para o jogador, a nova lesão o remeteu ao lance da primeira fratura do tipo em sua carreira — a atual é o terceiro caso desde que subiu ao profissional.
“Me lembrou muito a primeira lesão que tive, quando jogava no Antofagasta, no Chile. Pego o atacante deles, e quando piso no chão, sinto que o osso quebrou. Já sabia”, lamentou.
