Nesta quarta-feira (01 de outubro), o Flamengo publicou nota oficial para esclarecer sua posição na disputa com a Libra. O clube reagiu após obter liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que bloqueou R$ 77 milhões em repasses vinculados ao critério de audiência.
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Segundo o Flamengo, a divergência está nos 30% da divisão de receitas atreladas à audiência de TV aberta, fechada e pay-per-view. O clube afirma que o Estatuto da liga exige unanimidade para mudanças e que a Globo pagou parcelas segundo um cenário sem consenso. A Libra sustenta distribuição por 40% igualitário, 30% performance e 30% audiência, em contrato assinado com a Globo em março de 2024, válido de 2025 a 2029. Em nota, a entidade repudiou a ação e disse que defenderá na Justiça a legitimidade das decisões coletivas.
No comunicado, o Flamengo reiterou que cumpre o Estatuto e que a regra de unanimidade não foi respeitada. O clube citou ainda uma regra de transição que garantiria a cada associado, entre 2025 e 2029, ao menos o valor de 2023 corrigido pelo IPCA, e calculou R$ 321.181.432 para 2025.
“O Flamengo reafirma que sua luta é para que sua representatividade seja respeitada, que as decisões da LIBRA sejam tomadas dentro das regras previstas no Estatuto e da Lei”.
A decisão liminar determinou que os valores relativos à audiência sejam depositados em juízo até o julgamento do mérito. As manifestações de rivais ganharam força, com críticas públicas ao movimento do clube carioca. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, elevou o tom.
“Seria bonito nós formarmos uma nova liga, excluindo o Flamengo. O Flamengo joga com ele mesmo. Quero ver a audiência que vai ter. Acho muito difícil gestores com essa mentalidade. Isso não engrandece em absolutamente nada o futebol brasileiro”.
O São Paulo também divulgou nota criticando a postura rubro-negra. O clube afirmou que os repasses são essenciais ao custeio da temporada e disse confiar na Justiça para reverter a decisão.
“A atitude do Flamengo não é condizente ao seu passado grandioso e tem como intenção atrapalhar financeiramente o futebol brasileiro”.
