Flamengo: governo do RJ estuda venda dos naming rights do Maracanã

Torcida do Flamengo no estádio do Maracanã (Foto: Paula Reis)

O Governo do Estado do Rio de Janeiro autorizou o início da análise técnica para a possível venda dos naming rights do Maracanã. A etapa atende a um pedido de Flamengo e Fluminense e foi divulgada pelo ge. Se aprovada, a operação pode ser a maior negociação de naming rights de um estádio no país.

A Secretaria da Casa Civil comandará os estudos. O órgão avaliará a legislação de licitações, o edital de concessão do Maracanã — que não previa nem proibia a negociação — e o tombamento do estádio. Em 2024, Fla e Flu receberam a concessão por 20 anos, com 65% para o rubro-negro e 35% para o tricolor.

O Instituto condicionou mudanças na identificação externa do estádio à autorização prévia. A exigência segue o Decreto-Lei nº 25/1937, que regula intervenções em bens tombados.

“O Iphan esclarece ainda que qualquer alteração na identificação do estádio em sua fachada deve ser previamente solicitada e aprovada pelo Instituto, conforme determina o Decreto-Lei nº 25/1937, que estabelece que bens tombados não podem ser alterados sem autorização prévia da autarquia.”

O Instituto informou que, mesmo com eventual venda, o nome oficial permanece Estádio Jornalista Mário Filho. Flamengo e Fluminense estimavam R$ 40 milhões anuais. O Globo publicou que a projeção subiu para R$ 70 milhões por ano.

No governo, há quem defenda negociar apenas nomes de setores, enquanto outra ala aponta entraves à venda do nome principal. Como disse o governador Cláudio Castro, a venda do nome principal era vista com:

“Até agora não teve conversa alguma. Não obtive resposta, mas já pedi um estudo do edital (de licitação do Maracanã) para ver se isso é possível. Fiquei sabendo pela imprensa. Até agora os clubes não formalizaram. Eu vejo com um pouco de ceticismo e dificuldade pelo fato de o Maracanã ser todo tombado. Tem que ver na legislação. O Maracanã é a casa do futebol brasileiro. Não sei se a torcida se acostumaria a chamar de outro nome. Mas o diálogo está 100% aberto”, disse Cláudio Castro em junho.