Reforços de peso, disputa com a LIBRA e declaração de Jorginho: as últimas notícias do Flamengo

Jorginho em ação pelo Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Os principais destaques do dia no universo rubro-negro passam pela retomada dos treinos no Ninho do Urubu com o departamento médico zerado e a volta de Erick Pulgar, além do avanço judicial no caso Flamengo x Libra com a entrada da Fenapaf e a discussão sobre o bloqueio de verbas. No campo das opiniões, Jorginho, recém-chegado ao clube após quase duas décadas na Europa, falou abertamente sobre arbitragem e gramados no país.

Flamengo retoma treinos com DM zerado e Pulgar de volta antes do clássico

O Flamengo iniciou a semana no Ninho do Urubu com a preparação para o clássico de quarta-feira (15) contra o Botafogo, pela 28ª rodada do Brasileirão, embalado por um cenário raro: o Departamento Médico ficou zerado após a pausa da Data FIFA. Sem convocações nesta janela, a comissão técnica aproveitou para intensificar o trabalho físico e refinar ajustes táticos visando a sequência da temporada.

Erick Pulgar, recuperado de cirurgia no pé direito após se lesionar na derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique no Mundial de Clubes, voltou a treinar normalmente e está à disposição de Filipe Luís. Apesar da liberação, o chileno terá minutagem controlada e segue monitorado de perto, até porque está pendurado com dois cartões amarelos.

O período sem jogos também serviu para zerar a fadiga muscular de Samuel Lino e Arrascaeta. Saúl se recuperou totalmente das dores no tornozelo esquerdo, Léo Ortiz voltou a trabalhar em alta intensidade e com boa resposta física, enquanto De La Cruz utilizou os dias para fortalecer entrosamento e conceitos táticos, segundo relatos internos.

A decisão sobre o uso de Pulgar no clássico caberá à comissão técnica. A bola rola no Estádio Nilton Santos às 19h30 (de Brasília), com transmissão de RecordTV, CazéTV (YouTube) e Premiere. Na sequência, o Flamengo encara o Palmeiras no domingo (19), em confronto direto no Brasileirão, e volta a campo pela Libertadores na semifinal contra o Racing (ARG), no dia 22 de outubro, no Maracanã.

TJ-RJ aceita Fenapaf no caso Flamengo x Libra e analisa bloqueio de verbas

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a Fenapaf como parte interessada no processo entre Flamengo e Libra, após pedido da entidade que representa os atletas. A federação manifestou preocupação com possíveis efeitos do bloqueio de recursos sobre o pagamento de salários dos jogadores dos clubes da liga.

Por ora, o TJ-RJ avaliará apenas o bloqueio das verbas, enquanto a discussão de mérito ficará a cargo de uma corte arbitral, responsável por definir quem tem razão no litígio. O conflito nasceu de uma divergência sobre o parâmetro de audiência no contrato de TV do Campeonato Brasileiro, critério que representa 30% do montante negociado com a TV Globo.

A partir da contestação, o Flamengo solicitou o congelamento da parcela em disputa, e um depósito judicial de R$ 77 milhões foi efetuado pela emissora. Nove clubes da Libra podem ser impactados: Flamengo, Santos, São Paulo, Palmeiras, Vitória, Bahia, Red Bull Bragantino, Grêmio e Atlético-MG.

Além do litígio, a Fenapaf tem direito a 5% do valor total do contrato televisivo, relativo ao direito de arena — percentual que, segundo relatos, costuma ser retido pela Globo antes dos repasses, assim como impostos. Com a intervenção aceita, a desembargadora Lucia Helena de Passos deve solicitar manifestações de Flamengo e Libra. No centro da disputa, o clube alega violação estatutária, enquanto a liga sustenta que houve autorização prévia para o critério adotado.

Jorginho critica arbitragem e gramados na readaptação ao Brasil

De volta ao Brasil após quase 20 anos na Europa, Jorginho recebeu a reportagem do UOL no Ninho do Urubu e abordou sua readaptação, com foco em dois pontos sensíveis do futebol nacional: a atuação da arbitragem e a qualidade dos gramados. O volante ítalo-brasileiro relatou espanto com decisões recentes, e também pediu uma padronização mínima dos campos, citando situações críticas como as vividas em estádios do país.

“Cara, é algo que estou tentando entender. É difícil até dar um parecer, porque acontecem muitas coisas que você fica meio que sem acreditar. Muitas coisas muito claras. Tem umas decisões que são bem difíceis de entender mesmo e acaba prejudicando e afetando o trabalho de todo mundo. Você se dedica tanto e acaba acontecendo o que vem acontecendo”.

“O que fazer? Boa pergunta. Não tenho uma resposta. Melhorar, precisa ser melhorado. Precisa encontrar uma maneira de melhorar isso”.

“Joguei contra o Atlético-MG. É complicado, mas se é para jogar num estádio onde não tem um ‘gramado’, acaba sendo melhor jogar num sintético. Obviamente que não é o ideal, porque acaba tendo mais lesões. Acredito que seja bem pior do que um campo normal, porém há campos e campos, entendeu?”.