O ex-jogador Reinaldo, maior ídolo do Atlético-MG, revisitou momentos decisivos no episódio #14 do Penido’s Podcast, gravado nesta segunda-feira (20 de outubro). Ele falou sobre negociação com o Flamengo e pressões políticas.
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Segundo ele, as conversas com o clube carioca avançaram no início dos anos 1980. A diretoria do Galo barrou a saída. O tema ganha peso pelo histórico contra o Flamengo, como o Brasileiro de 1980 e a Libertadores de 1981, encerrada por W.O. após expulsões. Reinaldo detalhou como a proposta evoluiu.
“Todo jogador gostaria de jogar no Flamengo. Eu tive a oportunidade, logo depois, em 1981. O Paulo Dantas, que era diretor do Flamengo, já tinha conversado comigo. Já estava tudo encaminhado, até acertado, mas o Atlético não quis liberar”.
Ele atribuiu o desfecho às regras da época, quando o atleta não controlava a própria carreira, em referência à antiga Lei do Passe. Também ponderou sobre visibilidade no Rio. Em seguida, resumiu o cenário.
“Naquela época, você era preso ao clube e não podia sair”.
No mesmo programa, Reinaldo relatou perseguição durante a ditadura militar. Afirmou ter sido impedido de disputar a final do Brasileiro de 1977, contra o São Paulo, no Mineirão. Citou interferência de autoridades no futebol.
“Eu fui artilheiro e bati recorde. Fiz gol em todos os jogos — e mesmo assim, não me deixaram jogar a final”.
Apelidado de “Rei” pela torcida, ele iniciou a trajetória no clube na década de 1970. Somou 255 gols em 475 partidas. É o maior artilheiro da história do Atlético-MG.