O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou o Flamengo a pagar R$ 6 mil em benefício ao atleta de 14 anos espancado em um “batizado” no judô do clube, em 2022. A decisão, da 18ª Câmara de Direito Privado, foi unânime e acompanhou o voto do relator Paulo Wunder.
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O Rubro-Negro ainda pode recorrer da decisão que, segundo o tribunal, falhou ao garantir a segurança de seus atletas. O relator destacou a expectativa de proteção reforçada, especialmente para menores.
A seguir, ele resumiu o padrão exigido: “Cuidado profissional e humano”.
A 22ª Delegacia da Penha registrou o caso no sábado (19 de março) e o encaminhou à 15ª DP, na Gávea. O relato menciona enforcamento com quimono, tapas, chutes e nariz tampado nas dependências do clube.
“Um outro atleta começou a fazer brincadeiras agressivas como tapas no rosto, apertando o nariz, enforcando, no dia 17.03.2022.”
O exame de corpo de delito apontou equimose arroxeada de 10 mm x 10 mm na ponta do nariz à esquerda e escoriação de igual medida na região temporal esquerda, com crosta hemática. Depois, o Hospital Getúlio Vargas atendeu a vítima. A tomografia computadorizada não mostrou alteração.
O boletim narra que o jovem pratica judô desde os 3 anos e treina no Flamengo desde os 5, com graduação de faixa roxa. Segundo o registro, ele costuma treinar com atletas mais velhos e graduados. Em nota, o Flamengo informou que acatará a decisão e repudiou qualquer forma de violência.
“O Flamengo acata a decisão e vai cumpri-la, repudiando todo e qualquer tipo de violência, sobretudo quando envolve menores de idade. Informa ainda que apurará responsabilidades e intensificará campanha educativa entre seus atletas e funcionários.”
