A declaração do CEO do Atlético-MG direcionada ao Flamengo

Camisa do Atlético-MG (Foto: Reprodução/Instagram)

O Atlético-MG anunciou, nesta terça-feira (28 de outubro), que deixará a Libra e retornará à LFU (Liga Forte União). A decisão ocorreu após a ação do Flamengo, que questiona a divisão de receitas dos direitos de transmissão.

O pedido judicial do Flamengo bloqueou parte dos repasses do Grupo Globo, afetando o fluxo de caixa de várias equipes, entre elas o Atlético, segundo as publicações consultadas. O Flamengo ainda não se manifestou até o momento.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, o CEO Bruno Muzzi disse que a decisão vinha sendo discutida e criticou a postura do rival carioca.

“Essa é uma decisão que já vinha sendo pensada há um tempo. O Atlético-MG não compactua com essa visão individualista que, principalmente, o Flamengo vem tendo.”

Ele afirmou que a convivência com os demais associados da Libra foi positiva e apontou o Flamengo como exceção.

“O Atlético-MG sempre foi muito bem recebido por todos os associados à Libra. A relação, exceto com o Flamengo, que só tumultuou, é muito saudável. Tenho certeza de que os clubes entenderão e, eventualmente, vão repensar suas posições também.”

Em 2022, o Atlético-MG foi um dos articuladores da criação da LFU e migrou para a Libra no ano seguinte. Muzzi apresentou a justificativa para o vaivém.

“Naquele momento, achávamos que era o movimento mais adequado, havia mais segurança nas tratativas. Mas a LFU também fez um bom trabalho, e os acontecimentos recentes nos levaram a rever nossa posição.”

Em comunicado, o clube informou que a Sports Media Entertainment irá adquirir parte dos direitos econômicos do Atlético relacionados ao Campeonato Brasileiro. De acordo com o clube, cumprirá os contratos vigentes com a Libra até o fim de 2029.

O Atlético afirmou, em nota, o objetivo de fortalecer o diálogo entre os clubes e a criação de uma liga unificada no país. “O Atlético dará esse passo para somar, liderar pelo exemplo e contribuir para uma liga unificada que promova equilíbrio competitivo, crescimento dos clubes e sustentabilidade financeira.”