Ex-Cruzeiro é sincero ao falar sobre Arrascaeta: “Não é fácil jogar no Flamengo…”

Arrascaeta marca golaço pelo Flamengo na Copa do Brasil (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Desde que chegou ao futebol brasileiro em 2015, Giorgian De Arrascaeta construiu uma trajetória de destaque. No Cruzeiro, formou parcerias que ultrapassaram o campo, como a amizade com Ariel Cabral, com quem dividiu o vestiário por quatro temporadas. Hoje aposentado, o argentino tem acompanhado de perto o caminho do meia uruguaio no Flamengo.

Ao comentar sobre o atual momento de Arrascaeta, Cabral revelou que a escolha do uruguaio por seguir no futebol brasileiro, mesmo com possibilidades de atuar na Europa, está diretamente relacionada à estrutura que encontrou no clube carioca. Conforme relatou, o Flamengo “é praticamente um time europeu” e, por isso, oferece ao jogador um ambiente ideal para seguir evoluindo.

Ainda segundo Cabral, a decisão de permanecer no futebol nacional não diminui em nada o potencial do camisa 10. “Ele poderia tranquilamente jogar na Europa, mas está bem aqui. Se sente confortável, vai para a seleção, está feliz”, apontou o ex-volante, que acompanhou a ascensão do amigo desde os primeiros passos em Minas Gerais.

Aliás, o ex-cruzeirense destacou que, além das qualidades técnicas de Arrascaeta, o que mais impressiona é sua postura nos momentos decisivos. “Nas finais, ele não vai se esconder, vai pedir a bola e tentar resolver. Isso mostra o caráter dele”, avaliou Cabral, valorizando o comportamento do atleta em campo.

Ariel Cabral ex-Cruzeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

Com uma relação próxima, Cabral também lembrou do início tímido do uruguaio no Cruzeiro. “Era muito quieto, não gostava de falar com a imprensa. Aos poucos foi se soltando, hoje parece até carioca”, brincou, destacando a adaptação do amigo ao longo dos anos no Brasil.

Apesar das exigências constantes da torcida flamenguista, o ex-jogador acredita que Arrascaeta encontrou seu espaço e se consolidou como uma das principais lideranças do elenco. “Claro que não é fácil jogar no Flamengo. A cobrança é jogo a jogo, mas ele aprendeu a lidar com isso”, afirmou.

Durante a conversa, Cabral foi além e sugeriu que, se não fosse uruguaio, o meia teria plenas condições de defender a seleção brasileira. “Ele teria chance, com certeza. O que falta é ser brasileiro, porque futebol, personalidade e regularidade ele tem”, disse.

Por fim, entre risos e admiração, o argentino não descartou uma aposentadoria do amigo com a camisa rubro-negra. “Acho que ele vai parar no Flamengo. Se não mandarem ele embora, ele fica lá mesmo”, concluiu.