Um dos principais nomes da classificação do Flamengo à final da Conmebol Libertadores, Agustín Rossi voltou a ser destaque após a partida contra o Racing, na Argentina. O argentino recebeu elogios de Filipe Luís, que também comentou sobre os rumores envolvendo uma possível naturalização do jogador.
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Depois do empate em 0 a 0 que garantiu o Flamengo na final continental, Filipe Luís foi questionado por um repórter argentino sobre o tema. Em tom bem-humorado, o treinador reconheceu a qualidade de Rossi, mas considerou improvável vê-lo vestindo a camisa da seleção brasileira.
“Imagina um argentino jogar um Mundial pelo Brasil? Não vejo [risos]. Mas tem nível. Eu sinceramente não vejo nunca um argentino de nascimento vestindo a camisa da seleção. Mas, claro, tem todo o direito de se naturalizar”, afirmou.
Rossi foi peça fundamental nas últimas fases da Libertadores, consolidando-se como um dos líderes do elenco e referência defensiva da equipe. Aos 30 anos, vive uma das melhores fases da carreira.
Trajetória até o Flamengo
Revelado pelo Chacarita Juniors, Rossi ganhou destaque nacional ao defender o Boca Juniors entre 2020 e 2022, período em que conquistou títulos e se firmou como um dos principais goleiros da Argentina.
Depois de uma breve passagem pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita, onde atuou ao lado de Cristiano Ronaldo, o jogador foi contratado pelo Flamengo em julho de 2023, sem custos de transferência.
Antes de chegar ao futebol brasileiro, o goleiro integrou a seleção argentina sub-20, mas nunca foi convocado para a equipe principal. O vínculo com o Flamengo vai até 2027, e o atleta já declarou interesse em seguir por muitos anos no Rio de Janeiro.
Regras da Fifa sobre naturalização
A Fifa flexibilizou, em 2020, as regras para mudanças de nacionalidade esportiva. De acordo com o regulamento, atletas que adquirirem uma nova cidadania podem representar outro país caso atendam a alguns critérios: nascer no país desejado, ter pais ou avós nascidos ali, ou residir por pelo menos cinco anos consecutivos no território.
No caso de Rossi, que nunca atuou pela seleção principal da Argentina, seria possível uma futura elegibilidade ao Brasil, desde que cumprisse o tempo mínimo de residência e os trâmites burocráticos.
No entanto, uma vez que um jogador participa de torneios oficiais — como Copa América ou Copa do Mundo — por uma seleção, não pode mais mudar de representação.
Os pedidos de mudança são enviados à Fifa com documentos que comprovem a conexão com o novo país e uma justificativa formal da decisão.
Reconhecimento e futuro
Independentemente da possibilidade de naturalização, Rossi vive um momento de afirmação no Flamengo. O argentino foi peça decisiva em classificações recentes e será novamente titular na final da Libertadores, marcada para o dia 29 de novembro, em Lima, no Peru.
O goleiro busca seu primeiro título continental pelo clube e segue fortalecendo seu vínculo com a torcida rubro-negra.
 
             
	
















