O Consórcio Fla-Flu, formado por Flamengo e Fluminense, segue em negociações para viabilizar a venda dos naming rights do Maracanã, com uma proposta estimada em R$ 55 milhões anuais. A operação, entretanto, ainda depende de aprovação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que avalia os aspectos legais do contrato e o impacto do tombamento histórico do estádio.
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Desde que assumiram a concessão do Maracanã por 20 anos, em 2024, os dois clubes passaram a buscar formas de ampliar as receitas com o estádio. Flamengo detém 65% da participação no consórcio, enquanto o Fluminense possui 35%. A ideia de vender o nome da arena não constava no plano inicial, mas passou a ser considerada a partir deste ano, diante do potencial financeiro da transação.
Apesar da sinalização positiva do mercado, com mais de uma empresa interessada, o processo esbarra em entraves legais. O edital original de concessão não previa a comercialização do nome do estádio, o que exige avaliação da Casa Civil. O governador Cláudio Castro tem se mostrado cético quanto à viabilidade da mudança, embora parte do governo defenda ao menos a venda dos nomes de setores específicos da arena.
Internamente, tanto Flamengo quanto Fluminense demonstram otimismo em relação à liberação da operação. A meta inicial era atingir R$ 70 milhões anuais, mas o cenário atual levou os administradores a considerarem um valor ligeiramente superior aos R$ 55 milhões como aceitável. Se concretizado, o acordo será o maior já fechado no país em termos de naming rights para estádios esportivos.
Enquanto as negociações avançam, o Consórcio Fla-Flu também aposta em outras formas de arrecadação. Um leilão eletrônico com 40 camarotes do Maracanã está marcado para segunda-feira (18 de novembro), com expectativa de arrecadar ao menos R$ 32 milhões. A iniciativa reforça a estratégia de maximizar receitas por meio de novos negócios e acordos publicitários.
“Existe discussão com os interessados sobre quais espaços serão utilizados para a exposição da marca no estádio e também pelo prazo de um futuro contrato”, afirmaram fontes ligadas à administração da arena.
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, já havia revelado em setembro, durante reunião do Conselho Deliberativo, que três empresas demonstraram interesse na compra dos naming rights, embora os nomes não tenham sido divulgados.
Ainda que o tema gere diferentes opiniões dentro do governo, a formalização da proposta pode acelerar a tomada de decisão. Afinal, o avanço das tratativas indica um interesse sólido do mercado, o que coloca pressão sobre o poder público para viabilizar juridicamente o contrato.

















