Os destaques do dia no universo rubro-negro passam por negócios, marketing e mercado da bola: Flamengo e Fluminense avançam para tentar vender os naming rights do Maracanã, enquanto Pedro e Arrascaeta transformam um comentário televisivo em campanhas virais com grandes marcas. No elenco, Michael caminha para uma saída definitiva ao Al-Ula, em movimento alinhado ao enxugamento do plantel às vésperas de duelo decisivo na Libertadores.
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Fla-Flu tenta viabilizar naming rights do Maracanã
O Consórcio Fla-Flu intensificou as conversas para vender os naming rights do Maracanã por cerca de R$ 55 milhões ao ano, mas a operação ainda depende do aval do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O ponto sensível está no edital original, que não previa a comercialização do nome do estádio, além do impacto do tombamento histórico. O governador Cláudio Castro tem postura cética, enquanto integrantes do governo cogitam liberar, ao menos, a venda de nomes de setores específicos.
Desde a concessão por 20 anos, firmada em 2024, Flamengo (65% de participação) e Fluminense (35%) buscam ampliar receitas do complexo. Originalmente fora do plano, a venda do nome ganhou tração em 2024 com forte apetite do mercado — o presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, mencionou três interessadas. A meta inicial girava em R$ 70 milhões, mas os clubes admitem cifra ligeiramente acima de R$ 55 milhões, o que seria o maior acordo do país nessa modalidade.
Enquanto aguardam o parecer jurídico da Casa Civil, os administradores do estádio aceleram outras frentes de receita. Um leilão eletrônico com 40 camarotes, marcado para 18 de novembro, projeta ao menos R$ 32 milhões. A formalização de propostas para os naming rights tende a pressionar a decisão do poder público, diante da clara disposição do mercado.
Pedro e Arrascaeta convertem meme em ação de marca
Um comentário no SporTV sobre a recuperação de Pedro, que trata fratura no antebraço direito, desencadeou uma onda criativa que virou marketing. O joralista Carlos Eduardo Eboli falou sobre a situação do atacante e deu uma ‘dica’ visando a final da Libertadores. “Calcificação é calcificação, mas, sei lá, enche o cara de leite. Trinta dias de leite para o Pedro para calcificar logo esse braço”. A fala, claro, virou meme.
O atacante aproveitou o momento e fechou uma parceria com a Piracanjuba, publicando um vídeo bebendo um copo de leite, com a seguinte legenda: “Seguindo recomendações jornalísticas. Era de leite Piracanjuba + cálcio que ele estava falando”. O movimento virou febre entre os torcedores.
Na mesma pegada, Arrascaeta foi outro que embarcou na brincadeira e também fechou uma publi, desta vez, com a ‘Perdigão Na Brasa’, convidando o companheiro para um churrasco. “Pedro, quem entende de carne aqui, sou eu. Mas se você quiser, está convidado.”
Michael perto de saída definitiva para o Al-Ula
Após recusar uma proposta inicial por empréstimo, o Flamengo avançou em um acordo definitivo para negociar Michael com o Al-Ula, da Arábia Saudita. A virada ocorreu depois de reunião no CT George Helal com Filipe Luís, o diretor José Boto e o jogador. O empréstimo de US$ 2,5 milhões — com cláusula de compra fixada em R$ 22 milhões — foi descartado pelos rubro-negros, que aceitaram negociar apenas de forma permanente.
Embora a diretoria tenha avalizado a transferência, o próprio atleta refutou o projeto esportivo apresentado inicialmente, apontando falta de segurança no curto prazo e sua identificação com o Al-Hilal, ex-clube. Internamente, o negócio é visto como financeiramente e estrategicamente vantajoso, e a expectativa é de que Michael viaje nos próximos dias para exames e assinatura. No campo, o foco imediato recai na partida contra o Internacional, pelas oitavas da Libertadores, com ajustes no meio e nas pontas devido à suspensão de Arrascaeta.
O movimento também conversa com o planejamento do elenco: o Flamengo trabalha para reduzir o plantel — atualmente com 34 jogadores — e aliviar a folha salarial. Apesar do bom ambiente de vestiário, Michael perdeu espaço com Filipe Luís. Contratado em 2020 após destaque no Goiás, soma 145 jogos, 29 gols e 19 assistências pelo clube; em 2025, participou de 26 partidas, com dois gols e quatro passes para gol, em meio a oscilações e episódios de lesão.
“Formato o banco de acordo com o que o jogo e o time pede. O Viña é um jogador internacional, mas hoje provavelmente não entraria. O mesmo vale para Juninho e Michael. Foi mais um plano pensando”
