A derrota do Flamengo no clássico contra o Fluminense, por 2 a 1, na noite de quarta-feira (19 de novembro), no Maracanã, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, evidenciou a pressão crescente sobre a postura de Filipe Luís à beira do campo. A diferença de dois pontos em relação ao Palmeiras, segundo colocado, aumentou o nível de cobrança sobre o comportamento do técnico rubro-negro.
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Enquanto Luis Zubeldía, comandante tricolor, manteve-se ativo e vibrante durante os 90 minutos, Filipe adotou uma postura mais contida, o que gerou comparações entre os estilos dos treinadores. A atuação apagada da equipe no primeiro tempo também contribuiu para a intensificação das críticas, especialmente diante da expectativa criada por conta da liderança flamenguista.
Após a partida, Filipe Luís respondeu de forma firme sobre os questionamentos relacionados à sua maneira de conduzir o time durante os jogos. Ele rejeitou a ideia de que uma presença mais efusiva à beira do gramado possa, por si só, influenciar no resultado das partidas.
“Se gritar fora do campo ganhasse jogo, o Ancelotti não seria o treinador mais vitorioso da história. Cada um tem a sua forma de ser, eu tenho a minha. O dia que acharem que eu tenho que dar show para a torcida, não sou a pessoa indicada. Procuro ser sempre sereno e tentar intervir e orquestrar a minha equipe do jeito que eu sei fazer. Se isso incomoda a torcida, tem que trazer outro”.
Além disso, o técnico ressaltou que sua abordagem se baseia na tentativa de manter o controle emocional e dar orientações que realmente influenciem o desempenho da equipe, sem ceder à pressão do ambiente externo. Para ele, a serenidade é uma ferramenta tão válida quanto a intensidade, desde que usada com coerência.
O revés no clássico não tirou o Flamengo da liderança, mas reduziu sua margem de segurança. Com 71 pontos, a equipe ainda está à frente do Palmeiras, que tem 69. Restam apenas quatro rodadas para o fim da competição, o que torna cada detalhe relevante na briga pelo título.
Por ora, o Flamengo volta a campo no sábado (22 de novembro), às 21h30 (horário de Brasília), quando enfrentará o Red Bull Bragantino, novamente no Maracanã. A expectativa será tanto pelo desempenho técnico da equipe quanto pela postura do treinador à beira do gramado.
