A instabilidade defensiva passou a ser um dos principais desafios do Flamengo na reta final do Campeonato Brasileiro. Antes dono do sistema menos vazado da competição, o time comandado por Filipe Luís viu sua consistência ruir nas últimas rodadas, sobretudo após a ausência prolongada de Léo Ortiz.
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O zagueiro sofreu um estiramento no tornozelo direito durante a vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras e, apesar de ter retornado momentaneamente para atuar no sacrifício contra o Racing na Argentina — confronto que garantiu vaga na final da Libertadores —, não entrou mais em campo desde então. A prioridade da comissão técnica tem sido sua recuperação visando a decisão continental marcada para quarta-feira (29 de novembro).
Desde o afastamento de Ortiz, o Flamengo disputou cinco partidas e sofreu sete gols, sendo os tentos marcados nos últimos quatro jogos. Danilo e Léo Pereira formaram a zaga na maioria desses confrontos, mas o rendimento esteve abaixo do esperado. Conforme o desempenho caiu, o clube perdeu a liderança do ranking de melhor defesa do Brasileirão para o Cruzeiro, que soma 22 gols sofridos, contra 23 da equipe rubro-negra.
Em meio à ausência de Ortiz, Danilo também desfalcou o time em função da convocação da Seleção Brasileira. Sem suas principais opções, Filipe Luís passou a contar com atletas revelados pelas categorias de base. João Victor, por exemplo, foi escalado ao lado de Léo Pereira contra o Sport e, posteriormente, diante do Fluminense. Entretanto, sua atuação foi marcada por falhas defensivas que culminaram em críticas e, inclusive, substituições no intervalo das partidas.
O próprio Danilo comentou sobre o desafio de retornar da Europa e atuar menos de 24 horas após um jogo pela Seleção. Ele desembarcou no Rio de Janeiro às 18h20 (horário de Brasília) na véspera do clássico e entrou apenas no segundo tempo do Fla-Flu. Após o jogo, o defensor desabafou sobre a derrota:
“Nunca tinha passado por isso (dois jogos em 24 horas), mas tudo tem a primeira vez. Não é desculpa, fiz o que dava para estar à disposição. Vim correndo do aeroporto. Nesse momento todos têm que estar à disposição”.
Ainda na zona mista, o zagueiro reforçou o peso do revés:
“Uma derrota dolorida. Primeiro, tem o sentimento do clássico, é o rival da cidade. Depois, pelo momento. Temos que ter maturidade em dar o peso justo para a derrota. […] É bater poeira, voltar o quanto antes para o nosso melhor e dar uma resposta o quanto antes”.
Apesar das dificuldades, o Flamengo segue líder com 71 pontos e enfrentará o Bragantino no sábado (23 de novembro), no Maracanã, às 19 horas (horário de Brasília). O Palmeiras, que aparece logo atrás com 69, medirá forças contra o Fluminense no mesmo dia.
















