Revelado pelas categorias de base do Defensor, Arrascaeta chegou ao Flamengo em 2019 e desde então construiu uma trajetória marcada por títulos e protagonismo. Em 2025, o uruguaio assumiu de vez a simbólica camisa 10 rubro-negra, e os números desta temporada o colocam entre os maiores nomes da história recente do clube.
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Aos 31 anos, o meia-atacante vive sua fase mais produtiva desde que desembarcou no Rio. Ao longo do ano, acumulou 23 gols e 17 assistências em 59 partidas, somando 40 participações diretas em gols. A marca o coloca prestes a superar Petkovic, que em 2000 registrou 28 gols e 12 assistências, também totalizando 40 ações ofensivas decisivas.
O próximo desafio pode ser o palco ideal para ultrapassar essa marca histórica. No sábado (29), às 18h (horário de Brasília), o Flamengo encara o Palmeiras na final da Copa Libertadores, em Lima. A partida não apenas decide o campeão sul-americano, como pode selar a temporada mágica de Arrascaeta com um feito memorável diante de um dos principais rivais nacionais.
Aliás, o retrospecto recente do camisa 10 contra o Palmeiras é favorável. Em 2025, ele marcou nos dois duelos contra o time paulista pelo Brasileirão — abrindo o placar nas vitórias do primeiro e do segundo turno. Além disso, brilhou nas últimas rodadas, com gols e assistências contra Bragantino, Santos, São Paulo e Sport, contribuindo diretamente para a campanha que colocou o Flamengo na disputa pelo título brasileiro.
Surpreendentemente, mesmo sendo peça fundamental nas conquistas anteriores, Arrascaeta ainda convive com a sombra de Gabigol, autor de gols decisivos nas finais de 2019 e 2022. A ausência do atacante nesta temporada, contudo, abre espaço para que o uruguaio assuma de vez o protagonismo nos jogos mais importantes.
Conforme a temporada avançou, o papel de Arrascaeta no esquema de Filipe Luís também se intensificou. O meia passou a atuar de forma mais ofensiva, pisando com frequência na área e assumindo responsabilidades de finalização, sobretudo quando Pedro esteve ausente. Essa mudança tática foi decisiva para os números expressivos em 2025.
Além do desempenho técnico, o uruguaio também alcançou um marco simbólico: tornou-se o maior artilheiro estrangeiro da história do Flamengo, com 96 gols, superando o argentino Doval, que marcou 94 vezes com a camisa rubro-negra.

















