Menos de um ano após encerrar a carreira como jogador, Filipe Luís assumiu o time principal do Flamengo e agora tem a missão de conduzi-lo em mais uma final de Libertadores. Neste sábado (29), às 18h (de Brasília), o ex-lateral viverá o maior desafio desde que trocou o campo pelo banco de reservas.
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A decisão contra o Palmeiras, no Estádio Monumental de Lima, marca a primeira final internacional do técnico à frente da equipe rubro-negra.
A preparação para essa transição começou ainda em 2019, quando Filipe passou a registrar os treinos de Jorge Jesus. Inspirado também por Diego Simeone, com quem atuou no Atlético de Madrid, ele moldou seu estilo com base no estudo tático e na observação.
Em 2022, chegou a atuar como auxiliar de Dorival Júnior por um jogo, em que, lesionado, orientou a equipe por meio de rádio durante uma partida contra o Coritiba. Desde que assumiu o comando técnico, Filipe Luís se destaca pela rotina intensa. Chega cedo, sai tarde e dedica boa parte do tempo à análise de desempenho.
Ao lado do auxiliar espanhol Ivan Palanco, com quem divide decisões diárias, acompanha vídeos, traça estratégias e cobra aplicação tática nos treinos. Pessoas próximas apontam que ele prefere ajustes no esquema a trocas de jogadores durante os jogos.
Coletivas e rotina de Filipe Luís
As coletivas pós-jogo são praticamente a única forma pública de acesso às ideias do treinador, que evita entrevistas exclusivas. Segundo colegas de trabalho, ele prefere manter suas convicções protegidas para não municiar adversários. “Ele não gosta de deixar ser conhecido”, afirmou uma das fontes ouvidas.
A atuação de Filipe também impactou o ambiente do Ninho do Urubu, que passou por mudanças nos protocolos de acesso. Seu envolvimento direto com o departamento de análise e sua postura meticulosa com os detalhes evidenciam o estilo de gestão.
O técnico, segundo relatos internos, raramente toma decisões por impulso e sempre busca sustentação no planejamento traçado.
