Com o futuro em xeque após a eliminação no Campeonato Mexicano, Nicolás Larcamón tenta reorganizar o ambiente no Cruz Azul às vésperas do confronto contra o Flamengo, nesta quarta-feira (10), às 14 horas (horário de Brasília), pela Copa Intercontinental. A equipe mexicana chega a Doha após cair na semifinal do Apertura, diante do Tigres, e vive momento de instabilidade no planejamento.
Notícias mais lidas:
Apesar do cenário adverso, o treinador argentino adotou tom confiante ao projetar a partida diante do campeão da Libertadores. Na entrevista coletiva realizada antes do duelo, ele afastou a ideia de que o torneio represente uma espécie de salvação para a temporada do Cruz Azul. Para ele, o foco deve ser na manutenção do padrão tático desenvolvido nos últimos meses e não em apagar o retrospecto recente.
“Estou consciente de que vamos enfrentar um grande rival, que chega com a confiança lá no alto. Mas confio muito nas nossas capacidades e temos que fazer valer isso para ganhar o jogo e avançar à próxima fase”.
Aliás, a postura de Larcamón foi semelhante à do técnico Filipe Luís, ao enfatizar o privilégio de disputar uma competição intercontinental. O treinador também destacou a importância de manter a essência do time, mesmo diante de um adversário considerado mais forte. “Que a torcida saiba que queremos avançar por meio da identidade que construímos”.
A delegação mexicana desembarcou no Catar logo após a queda no Apertura, enfrentando cerca de 20 horas de viagem com duas escalas. Ainda assim, o elenco realizou uma sessão dupla de treinos no dia da chegada. O treinador elogiou a logística montada e indicou que, apesar das dificuldades, a equipe está preparada para o compromisso. Contudo, admitiu incômodo com o calendário apertado e a sobreposição de competições.
“O calendário ficou complicado, acima do que já estava com o compromisso das semifinais da liga nacional somado a esta competição internacional e, sobretudo, com a complexidade da viagem, que intensifica ainda mais e torna a preparação mais incômoda”.
Em meio às críticas da torcida e com o nome envolvido em campanhas pela sua saída nas redes sociais, Larcamón demonstrou preocupação em manter o grupo focado. Na tentativa de aliviar a pressão, afirmou que a responsabilidade maior está com o adversário: “A verdade é que o que termo ‘pressão’ possa representar para eles (Flamengo) eu não levo em consideração, porque não tem a ver conosco. São fatores alheios ao meu controle”.
