A classificação do Flamengo para a semifinal da Copa Intercontinental foi conquistada com vitória por 2 a 1 sobre o Cruz Azul, na quarta-feira (10 de dezembro), no estádio Ahmad bin Ali, no Catar. O duelo, válido pelas quartas de final, teve como destaque a atuação decisiva de Arrascaeta, autor dos dois gols rubro-negros. Entretanto, a avaliação do técnico Filipe Luís após o confronto concentrou-se principalmente nos aspectos táticos da partida, especialmente na virada de desempenho entre os dois tempos.
Notícias mais lidas:
De acordo com Filipe, o domínio adversário na etapa inicial se deu por questões exclusivamente estratégicas, e não pela disposição dos atletas em campo. O comandante reconheceu a qualidade do Cruz Azul e explicou que o Flamengo enfrentou dificuldades na posse de bola e na construção ofensiva nos primeiros 45 minutos.
“Tem zero a ver com motivação e mobilização, foi tudo tático. O time deles é uma grande equipe, tem muita qualidade. Tiraram a bola de nós no primeiro tempo. No segundo tempo fizemos ajustes, os jogadores se sentiram melhor, conseguimos jogar e conseguimos colocar nosso futebol”, analisou o treinador.
Ainda sobre o desempenho inicial, Filipe reconheceu a superioridade do adversário em diversos momentos e destacou a perda de intensidade do Flamengo após o primeiro gol, fruto de um erro na saída de bola da equipe mexicana. Segundo ele, a queda no controle do jogo exigiu um reposicionamento coletivo para retomar o ritmo.
“Uma equipe com muita qualidade e que tenta jogar. Dois times com uma proposta muito parecida. Eles arriscaram mais, até ao ponto de “nos dar” um gol, pelo risco excessivo que correram na saída de bola. Mas isso também fez com que eles rompessem a nossa pressão algumas vezes. Isso nos empurrou para trás. A partir do gol nosso time deu um passo para trás no quesito pressão, mas principalmente foi na fase ofensiva. No momento de ter a bola, perdemos muitas bolas, escaparam domínios e bolas simples. Isso fazia com que cada perda da posse fossem dois, três minutos correndo atrás. Isso matou nossos jogadores de ataque e nosso time sofreu muito. Os dois times estão acostumados a jogar e propor com a bola no pé”.
Com ajustes realizados no intervalo, a equipe voltou mais organizada e conseguiu impor seu estilo de jogo. Para o técnico, o domínio da etapa final lembrou momentos marcantes do elenco em temporadas anteriores. Ele ressaltou que o time voltou a ter controle da posse e passou a fazer o Cruz Azul correr atrás da bola, algo que foi determinante para o desfecho positivo.
“No segundo tempo, alguns ajustes internos táticos, a equipe se sentiu melhor, jogou melhor e a partir daí nos encontramos no terreno onde nos sentimos confortáveis. Dominamos o jogo, chegamos mais fácil na área do adversário, fizemos eles correrem atrás da bola. Isso facilitou todo o processo no segundo tempo. Conseguimos o gol de maneira merecida, tivemos outras chances. Me lembrou bastante até 2019, aquele jogo contra o Al-Hilal. Primeiro tempo muito difícil e acabamos perdendo ali, mas o segundo tempo foi muito bom. Não é fácil vencer, não é fácil vencer sempre. O Cruz Azul também vem de uma sequência de momentos importantes na temporada. Os dois times mentalmente estavam se adaptando ainda ao que é a competição. É uma vitória que dou muito valor”.
Conforme avaliação do próprio treinador, o curto intervalo até a semifinal exigirá atenção especial à recuperação física dos jogadores, mas não será utilizado como justificativa. “O sacrifício tem que ser feito”, pontuou Filipe.
A equipe carioca agora volta a campo no sábado (13 de dezembro), às 14h (horário de Brasília), para enfrentar o Pyramids, do Egito, em busca de uma vaga na final. Quem avançar terá como adversário o Paris Saint-Germain, atual representante europeu na competição.
















