Durante os últimos anos, o São Paulo mergulhou em um ciclo de contratações ambiciosas que, na teoria, prometiam elevar o patamar técnico do elenco. No entanto, o que se viu na prática foram investimentos milionários sem retorno esportivo, gerando um efeito colateral devastador nas finanças do clube.
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Além disso, lesões recorrentes, problemas extracampo e rendimentos abaixo do esperado transformaram reforços badalados em dores de cabeça constantes. O Tricolor pagou, e ainda paga, um preço alto por decisões mal calculadas.
Daniel Alves e Pablo
Contratado em 2019 como o nome de maior peso internacional da história recente do clube, Daniel Alves jamais se firmou. Atuando como meio-campista, acumulou atuações apagadas e protagonizou atritos públicos com a diretoria. O contrato rescindido não foi o fim do problema: uma dívida de cerca de R$ 18 milhões ainda assombra os cofres são-paulinos.
Pablo, por sua vez, chegou como o reforço mais caro da história do clube, custando mais de R$ 26 milhões. Mas nunca conseguiu justificar o investimento. Lesões constantes e uma produção ofensiva abaixo do esperado fizeram dele um exemplo clássico de má gestão de recursos. Por isso, esses dois casos se tornaram referências negativas no histórico recente do São Paulo.
Alexandre Pato, Pedrinho, Bruno Rodrigues e Wallyson
Alexandre Pato, em sua terceira passagem pelo Morumbi, disputou apenas 10 partidas em 2023, com dois gols marcados. A rescisão veio de forma discreta, assim como sua atuação.
Já Pedrinho, que chegou com potencial, se viu envolvido em denúncias de ameaças à ex-namorada, levando o clube a encerrar rapidamente o vínculo. Dessa maneira, o Tricolor buscou preservar sua imagem institucional.
Casos como os de Bruno Rodrigues e Wallyson também decepcionaram. Chegaram com expectativa, mas saíram sem destaque.
Dívidas crescentes e mudança de rumo
Vale destacar que todas essas falhas no mercado resultaram em impactos financeiros significativos. Em 2023, o São Paulo atingiu a marca de R$ 503 milhões em dívidas.
Sendo assim, a diretoria passou a adotar uma postura mais conservadora, priorizando contratações por empréstimo, como as de Caio Paulista e Marcos Paulo. Com isso, o clube tenta testar antes de gastar, diminuindo os riscos de novos prejuízos.