O Flamengo encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro na liderança, somando 40 pontos e exibindo o melhor ataque da competição, com 33 gols marcados. A defesa também se destacou, sendo a menos vazada, com apenas oito gols sofridos. Contudo, a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil aumentou a pressão sobre o técnico Filipe Luís, cujas decisões têm sido alvo de questionamentos entre os torcedores.
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O jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, analisou o cenário atual lembrando que, mesmo com um desempenho sólido no Brasileirão, a cobrança segue alta. Ele fez um paralelo com o Palmeiras, apontando que o comportamento das torcidas reflete um contexto mais amplo de intolerância presente no país, onde a derrota, seja esportiva ou não, raramente é aceita com tranquilidade.
“O Flamengo é o líder do Brasileirão com o maior número de pontos ganhos (40), o menor de perdidos (14), o melhor ataque (33), a defesa menos vazada (8), o maior número de vitórias (12) e com gente em litígio sobre as decisões de Filipe Luís para a montagem da equipe, especialmente depois da eliminação na Copa do Brasil”, afirmou.
Segundo PVC, a insatisfação das arquibancadas está ligada a um comportamento social mais geral, em que o nível de tolerância diminuiu. Ele destacou que essa postura é “simbólica para um país que atingiu os níveis de violência atuais, seja nas questões políticas ou sociais. Não se admite mais nada. Incluindo a derrota esportiva”.
O comentarista buscou ainda contextualizar a trajetória rubro-negra, ressaltando que o sucesso absoluto é exceção na história do futebol. Ele lembrou que, desde 1912, quando foi criado o departamento de futebol, o Flamengo finalizou 65 temporadas sem levantar troféus, o que demonstra que perder também é parte do jogo.
“Em 114 anos desde a fundação de seu departamento de futebol, em 1912, o Flamengo não ganhou nada em 65 temporadas. Na vida, perde-se mais do que se ganha. No Brasil, as pessoas se esqueceram disso”, concluiu.
As palavras de PVC geraram repercussão justamente por confrontarem a realidade atual do clube — com um elenco considerado um dos mais fortes do continente — e seu passado repleto de altos e baixos. Assim, o jornalista levantou uma reflexão sobre o grau de paciência da torcida, sobretudo em um momento em que o time permanece vivo na disputa do Brasileirão e ainda busca avançar na Copa Libertadores.
