‘Se chega em casa três da manhã, me liga e pede tratamento’, diz fisiologista sobre Gabigol

Gabriel Barbosa em ação pelo Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Os números de Gabigol até a parada do futebol brasileiro por conta da pandemia do novo coronavírus chamam atenção: onze gols em dez jogos. Mas quem olha o camisa 9 brilhando pelo Flamengo nem imagina como o jogador se dedica para estar na forma física ideal quando entra em campo.

Para ajudá-lo no trabalho de preparação física, Gabigol contratou um fisiologista particular que o acompanha desde agosto de 2019 nesta missão. O escolhido foi Alex Evangelista, que está dando suporte ao atacante principalmente durante o período de quarentena, com orientações nos treinamentos caseiros.

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A reportagem conversou Alex Evangelista para conhecer o “outro lado da moeda” de Gabigol. O fisiologista, durante a conversa, fez questão de ressaltar a postura do atacante do Flamengo para ter uma boa forma física. Confira abaixo a entrevista com o Gestor de Saúde.

Alex Evangelista durante trabalho com Gabigol (Foto: Arquivo Pessoal)

Como tem sido os treinamentos com Gabigol durante a quarentena?

“A preocupação é com a incerteza. Sem uma data prevista, fica difícil colocar metas. Mas o Flamengo sempre tem acesso. Eu ajustei com os profissionais do Flamengo todos os trabalhos. A carga precisa ser ajustada conforme o interesse do clube, no caso o Flamengo.”

Qual é o foco neste momento?

“O foco é manter a evolução que ele estava tendo. A parte física dele estava com a melhor avaliação possível para a época que estava.”

Os exercícios escolhidos precisam da aprovação do Flamengo?

“Sim. É muito importante esse trabalho em conjunto, essa sintonia. O maior interessado é o Flamengo.”

Por falar nisso: como é a sua relação com o clube? Existe esse trabalho em conjunto com outros atletas?

“Faço consultoria para alguns atletas no exterior. Mas com o Gabriel é contrato de exclusividade. Prioridade.”

O Gabriel é um atleta dedicado?

“Bastante. Ele é muito exigente. Se chega em casa 3 da manhã, me liga e pede tratamento. Sete dias por semana desse jeito.”

Como você faz para trabalhar com Gabriel e ainda respeitar as orientações da quarentena?

“Ele tá sendo acompanhado online. Sempre foi pessoalmente, mas atualmente as recomendações são de confinamento, então estamos fazendo online”.

Créditos do texto: Venê Casagrande/O Dia