Governador de São Paulo demonstra incerteza sobre o retorno do Brasileirão

Taça do Campeonato Brasileiro (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), demonstrou incerteza a respeito da decisão da CBF, anunciada ontem, de iniciar o Campeonato Brasileiro de 2020 em 9 de agosto, a despeito da pandemia do novo coronavírus.

Segundo Doria, o governo de São Paulo não foi consultado a respeito da possibilidade. Para a realização de eventos esportivos, lembrou o governador, é preciso que as cidades dos jogos cheguem a uma situação menos desfavorável frente aos casos da covid-19.

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“Não houve consulta prévia ao governo do estado de São Paulo, mas temos um bom entendimento com a Federação Paulista (de Futebol). Para realizar esse entendimento, dependemos da manifestação do comitê de saúde do Centro de Contingência do Covid-19, que tem um relator específico para o tema do futebol”, afirmou Doria, afirmando ainda não haver certezas sobre a situação da Série A-1 do Campeonato Paulista.

“Até o fim da semana que vem, teremos uma posição em relação à conclusão do Campeonato Paulista. Creio que, antes do fim da semana que vem, teremos uma posição relativamente à conclusão do Campeonato Paulista”, completou.

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, afirmou contar com o aval de 19 dos 20 clubes da primeira divisão nacional para o início da competição na data — mesmo que, para isso, os times tenham que atuar fora de suas cidades.

“Propusemos aos 20 clubes da Série A que, para podermos lançar a data de 9 de agosto, haveria necessidade de uma aprovação de todas as autoridades sanitárias de nove estados e 11 cidades. E não temos isso hoje. Fiz a proposta no sentido de que admitissem uma reflexão sobre jogar fora do mando de campo para manter essa data íntegra, irretocável, caso todas as cidades não estejam liberadas. Houve votação de 19 a 1 a favor”, afirmou o dirigente.

“Se (os clubes) estão dispostos a jogar onde o futebol estiver autorizado, quero crer que nessa data teremos cidades suficientes para acomodar os jogos, considerando que não teremos torcida presente”, acrescentou.

Retirado de: UOL