Os clubes conseguem atalhos quando emendam algum traslado fora de casa. Neste ano, a readequação da tabela do Flamengo propiciou, em sequência, um jogo em Curitiba, contra o Athletico, e outro contra o Grêmio, em Porto Alegre. Ou seja, não foi necessário voltar ao solo carioca.
Ao mesmo tempo, pelo adiamento da partida contra os gremistas, o Fla engatou cinco jogos no Rio, diante de Atlético-GO, Coritiba, Botafogo, Santos e Bahia. Contra o alvinegro, na condição de visitante.
Em geral, os jogos contra rivais da mesma cidade são um respiro na rotina casa/fora. A delegação não só pode manter horários dos treinos como evita despesas com hotel, passagens e alimentação fora.
No aspecto esportivo, enfrentar rivais do mesmo estado significa, em tese, jogos mais equilibrados, em ambientes familiares — como o Nilton Santos.
O rebaixamento de Vasco e Botafogo acarretou na permanência do Fortaleza (a capital cearense é o destino mais distante em relação ao Rio). Ao mesmo tempo, houve o acesso de Cuiabá, Juventude, América-MG e Chapecoense. A viagem ao Mato Grosso para enfrentar um time local será inédita no Brasileirão de pontos corridos — em 2015, Vasco e Flamengo disputaram um clássico na Arena Pantanal.
Economizar o desgaste nas viagens é relevante para uma temporada na qual os jogadores não terão muito tempo para descanso. O Brasileirão terminou na quinta-feira e não há férias. Cada clube vai remanejar folgas do elenco da maneira que for possível.
Mais custos
Tanto Flamengo quanto Fluminense usarão os passaportes neste ano para jogos da Libertadores. O protocolo de operações demanda cuidados com a pandemia. Por ora, não há preocupação da organização de times sendo barrados no desembarque. Sobre os custos com logística, é demanda da Conmebol que cada clube frete seu voo.
— Existe no regulamento que a gente é obrigado a fretar os voos. Nosso custo para disputar a competição vai ser altíssimo, muito mais alto do que seria uma Libertadores “normal” (sem pandemia). Não podemos voar em voo comercial — explicou o presidente tricolor, Mário Bittencourt.
Retirado de: O Globo