Ataque do Flamengo sem convocados é desafio de Ceni

Pedro durante o treinamento do Brasil (Foto: Aleksandar Djorovic/CBF)

A máxima de que “em time que está ganhando não se mexe” não vai valer para Rogério Ceni. O Flamengo tem um dos ataques mais produtivos da temporada, mas o treinador se vê obrigado a achar soluções em meio aos desfalques causados pela data Fifa. Neste cenário, o técnico pode recorrer a uma formação que deu certo no Campeonato Carioca, e um jovem corre por fora.

O comandante rubro-negro perdeu, em uma só tacada, Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabigol, titulares, além de Pedro, que vem sendo uma espécie de 12º jogador. O primeiro foi convocado para a seleção uruguaia e está afastado após testar positivo para covid-19. Everton Ribeiro e Gabigol estão com a seleção brasileira principal, enquanto Pedro está com a olímpica.

Ao menos, Ceni vem tendo tempo para estudar as melhores opções. O técnico ganhou dez dias para trabalhar entre a vitória sobre o Palmeiras, na estreia pelo Campeonato Brasileiro, e o jogo de ida contra o Coritiba, pela Copa do Brasil. A partida contra o Grêmio, que seria nesse fim de semana, foi adiada pela CBF.

“Último dos moicanos” do quarteto titular, Bruno Henrique pode ser utilizado como o que ficou conhecido como “falso 9”. A função não chega a ser novidade para ele, e o treinador já admitiu a possibilidade. Contra o Palmeiras, ele foi responsável pela assistência para o gol da vitória do Flamengo.

O jovem Rodrigo Muniz surge como possibilidade. Ele estava emprestado para o Coritiba e voltou à Gávea a pedido do treinador. Aposta de Ceni, teve um bom começo de Carioca e chegou a ser artilheiro da competição. O desempenho chamou atenção, e houve proposta do futebol belga, mas ainda sem avanços.

— Se não contarmos com Pedro e com o Gabigol por conta da seleção brasileira, vamos trabalhar com esta opção. É possível. Serve como um atenuante durante a Copa América. Tem também o caso do Muniz, que não sabemos o futuro dele. São jogadores importantes. Não estamos falando apenas do Gabigol e do Pedro. Tem o Arrascaeta, não sabemos a situação do Gérson… Isso impacta na formação do time, disse o treinador, antes do acerto da venda de Gerson para o Olympique de Marselha (FRA).

Michael e Vitinho, que “ressurgiram” no Estadual e ganharam espaço no elenco, surgem como possibilidades para a vaga nas pontas. Os dois também saíram do banco na estreia no Brasileirão e têm a confiança do técnico.

Retirado de: UOL