Dirigente do Flamengo terá que pagar indenização para Abel Braga

Abel Braga gesticula para orientar jogadores do Flamengo, durante o clássico contra o Vasco (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Atualmente no Fluminense, o técnico Abel Braga conseguiu uma vitória na Justiça contra Luiz Eduardo Baptista, vice de Relações Externas do Flamengo. Conhecido como BAP, o dirigente foi condenado a pagar R$ 50 mil ao treinador por tê-lo chamado de “bêbado” e “drogado” enquanto ele comandava o Flamengo. A informação foi dada pelo ge.

As declarações foram feitas numa entrevista ao blog Ser Flamengo, em junho de 2020. A sentença foi divulgada nesta sexta-feira, pela 4ª Vara Cível, do Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo e ainda cabe recurso. Por sua vez, Abel Braga revelou um ato nobre a publicação sobre o valor.

O treinador afirmou que irá destinar o valor da indenização às famílias vítimas do incêndio no Ninho do Urubu. Na setença, a juíza Marina Balester Mello de Godoy acolheu a tese dos advogados de Abel e considerou que o vice do Flamengo “usurpou a liberdade de expressão”:

“Em que pese o réu alegue que não tinha a intenção de ofender o autor e até já se retratou publicamente a respeito, está evidente que, adequadamente contextualizada, a declaração feita, mesmo que de modo informal, excedeu a mera crítica às escolhas técnicas do autor e usurpou a liberdade de expressão, porque, ao se questionar a sobriedade ou o uso de drogas pelo autor durante o exercício de sua profissão, durante uma entrevista, causou-lhe ofensas à honra e à sua reputação como treinador, mormente por ser figura pública e renomada no meio futebolístico. Não bastasse isso, as declarações foram feitas em canal acessível ao público, propagando-se rapidamente e causando significativa repercussão negativa, a evidenciar o cunho ofensivo das falas do réu”.

A fala de BAP sobre Abel Braga foi:

— Houve um momento em que a gente achava, e que a gente discutia internamente entre a gente, que ele devia tá de sacanagem. A gente olhava ele dando entrevista e a gente falava: “cara, tem alguma coisa que a gente não tá entendendo. Ou ele bebeu, ou ele tá drogado. Não é possível que ele esteja falando o que ele tá falando”.

Retirado de: Mercado do Futebol