Atlético-MG bate o pé para dificultar a vida do Flamengo

Marcos Braz em entrevista coletiva do Flamengo no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

A negociação por Allan se transformou em um cabo de guerra entre Flamengo e Atlético-MG. De um lado, os rubro-negros tentam puxar a corda por uma composição de percentual que diminua a pedida de 9 milhões de euros (R$ 48 mi). Do outro, o Galo deixa claro a postura irredutível de que só avança nas tratativas mediante suas condições e exigências.

Na primeira consulta, o Atlético estipulou o valor de 10 milhões de euros (R$ 53 mi na cotação atual) por 100% dos direitos. As conversas chegaram ao valor de 9 milhões de euros (pouco mais de R$ 48 milhões) desde que boa parte seja paga à vista, com Allan abrindo mão dos 10% que lhe cabem. Foi quando o Flamengo cogitou deixar uma porcentagem dos direitos com o Galo.

Essa foi uma forma que o clube encontrou para administrar os gastos nesta negociação, mas a mensagem que veio de Belo Horizonte foi imediata: ou paga os 9 milhões de euros ou não tem negócio. O Galo entende que vender Allan não é uma demanda urgente, e o jogador ainda tem possibilidades a partir da abertura de janela de transferências na Europa mês que vem.

Internamente, há a expectativa do lado do Flamengo que, por conta do momento financeiro, o Atlético-MG aceite negociar Allan, caso a maior parte do valor seja pago à vista. Em Minas Gerais, por sua vez, a conclusão da venda de um shopping center nesta semana, por R$ 170 milhões, dá ao Galo um fôlego importante na condução das negociações.

O interesse do Allan em atuar pelo Rubro-Negro faz com que o clube mantenha uma expectativa positiva para o desfecho. No entanto, o Flamengo ainda aguarda para enviar a proposta ao Atlético-MG. As consultas, por enquanto, são com representantes do jogador, da Bertolucci Sports, que faz o intermédio com o clube mineiro.

O Atlético é dono de 90% dos direitos econômicos, e os outros 10% são do jogador. O Liverpool (Inglaterra) tem 10% de mais valia na venda.

O Flamengo não tem pressa para fechar a contratação já que a janela de transferências abre somente no dia 3 de julho. A diretoria adotou a postura de se antecipar ao mercado e por isso entende que tem tempo para fechar as negociações, visto que nenhum jogador não pode ser reforço imediato.

Retirado de: Globo Esporte