O Palmeiras vive um momento complicado relacionado ao uso do Allianz Parque, seu estádio, por causa da intensa agenda de shows programados no local. A situação se complicou ainda mais com a divulgação da tabela do Campeonato Brasileiro pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que agendou um dos jogos mais aguardados da temporada, entre Palmeiras e Flamengo, para o dia 20 de abril. Coincidentemente, esta data choca diretamente com os dias reservados para shows da banda Soweto, marcados para 19 e 20 de abril, tornando a realização da partida na arena impraticável.
Diante deste impasse, a diretoria do Palmeiras, com Leila Pereira à frente, iniciou movimentações nos bastidores para tentar uma relocação da data do jogo, aproveitando a estadia de Pereira em Londres como chefe da delegação da seleção brasileira para dialogar diretamente com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. No entanto, a possibilidade de mudança parece encontrar resistência por parte do Flamengo, que, segundo informações, não estaria disposto a aceitar uma alteração. Com isso, a alternativa mais provável aponta para a realização do confronto na Arena Barueri, espaço que também tem vínculos com Leila Pereira.
O retorno do Palmeiras ao Allianz Parque está marcado para a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Novorizontino, no dia 28 de março. O clube passou um período sem jogar em sua arena, optando por mandar partidas em Barueri, devido às condições inadequadas do gramado, que levaram a presidente Leila Pereira a vetar o uso do estádio até que as melhorias necessárias fossem implementadas pela WTorre, empresa responsável pela gestão do Allianz Parque.
Além dos desafios logísticos, a relação entre o Palmeiras e a WTorre está estremecida por questões financeiras. A construtora acumula uma dívida com o clube que ultrapassa os R$ 100 milhões, relacionada à exploração comercial do estádio. O conflito chegou aos tribunais, com o Palmeiras conquistando uma vitória judicial que reafirma o direito do clube sobre os repasses financeiros, em meio a um contrato de 30 anos firmado em 2014 para a exploração do Allianz Parque pela WTorre.
Este cenário traz uma camada adicional de complexidade para a gestão do Palmeiras, que precisa navegar entre as obrigações contratuais com a WTorre e os compromissos esportivos no Campeonato Brasileiro e outras competições. A preferência expressa por jogadores e pelo técnico Abel Ferreira de atuar na arena evidencia a importância do estádio não apenas como lar esportivo, mas como parte integrante da identidade do clube.
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