Após o empate em 0 a 0 com o Flamengo, na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Abel Ferreira voltou a defender o gramado sintético do Allianz Parque. Em coletiva de imprensa, o comandante do Palmeiras elogiou a qualidade do sintético, comparando-o positivamente a muitos gramados naturais, e destacou a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte da CBF para manter a qualidade dos campos no Brasil.
Durante a entrevista, Abel Ferreira também mencionou a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, como possuidor do melhor gramado do país, ressaltando que, enquanto a CBF não conseguir garantir uma qualidade consistente em todos os campos, não se deveria criticar os sintéticos.
— Para ser sincero, há gramados naturais muito piores que nosso sintético. O Athletico foi o primeiro, Palmeiras o segundo e o Botafogo o terceiro. Quando a CBF conseguir ter uma qualidade igual tem o gramado do Corinthians, onde só joga ele, aí podem reclamar do sintético. Aquele jogo City x Real Madrid parecia o tapete lá de casa, aí poderemos falar do gramado. Quando todos tiverem gramados bons, poderemos falar. 80% dos gramados aqui não são bons – afirmou Abel Ferreira.
A discussão sobre o gramado ganhou mais destaque com a troca de farpas entre Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo. Landim havia ironizado a escolha do Palmeiras pelo sintético para o confronto com o Flamengo, provocação que foi prontamente rebatida por Leila Pereira.
— O Palmeiras jogou ontem (quarta) e perdeu, mas perdeu em Barueri, não perdeu no gramado sintético. Com a gente eles vão querer jogar lá no gramado sintético, né? (Risos) A gente sabe que tem uma desvantagem, ironizou Landim.
— A declaração do Landim me causou bastante estranheza. Que eu me lembre, ganhamos a Libertadores de 2021 e a Supercopa de 2023, contra o Flamengo, em campo de grama natural, não é? O Landim sabe muito bem que o campo de grama sintética do Allianz Parque não oferece qualquer vantagem técnica ao Palmeiras, rebateu Leila.
