Golpistas roubam 25 milhões de dólares com inteligência artificial

Moedas redondas de prata e ouro (Foto: Pexels)

Um golpe surpreendente envolvendo deepfake e inteligência artificial deixou uma multinacional com um prejuízo milionário. Criminosos usaram tecnologia avançada para imitar o diretor financeiro da empresa em uma videoconferência, enganando um funcionário e levando-o a transferir US$ 25 milhões. 

O caso, investigado pela polícia de Hong Kong, expõe a crescente sofisticação das fraudes digitais e os riscos que a IA representa para empresas e indivíduos.

Como a fraude foi planejada e executada

O golpe começou com uma videoconferência, onde o funcionário acreditava estar conversando com o CEO da empresa e outros colegas de trabalho. No entanto, todos os participantes eram recriações de deepfake, conforme revelou o superintendente sênior Baron Chan Shun-ching. 

“(Na) videoconferência com várias pessoas, descobriu-se que todos [que ele viu] eram falsos”, afirmou Chan. O funcionário inicialmente desconfiou, pensando que a mensagem recebida era um e-mail de phishing devido à solicitação de uma transação secreta. 

No entanto, ele acabou cedendo, porque as imagens e vozes na chamada eram idênticas às de pessoas conhecidas, levando-o a acreditar que tudo era legítimo.

Impacto do golpe e crescente uso de deepfake

O prejuízo final foi de US$ 25,6 milhões, valor transferido em dólares de Hong Kong. O caso é um exemplo claro do uso mal-intencionado da tecnologia deepfake, que tem sido utilizada por fraudadores para criar vídeos e áudios falsos, enganando até mesmo sistemas de segurança. 

Além disso, vale destacar que este não é um caso isolado; fraudes similares têm ocorrido em diferentes partes do mundo, mostrando a gravidade da situação.

A polícia de Hong Kong prendeu seis suspeitos e descobriu que oito carteiras de identidade roubadas foram usadas para solicitar empréstimos e criar contas bancárias fraudulentas. 

Preocupação global com o uso indevido da IA

As autoridades estão em alerta com o aumento de golpes envolvendo deepfake, principalmente pela facilidade com que a tecnologia pode ser acessada. 

Recentemente, imagens geradas por IA da cantora Taylor Swift, em uma cena pornográfica, se espalharam nas redes sociais, reforçando a necessidade de medidas regulatórias e de maior conscientização sobre os riscos da tecnologia.

Com isso, é urgente que empresas e usuários estejam atentos e reforcem suas medidas de segurança digital para se protegerem contra essas ameaças cada vez mais sofisticadas.