Cruzeiro manifesta indignação após decisão de jogo com portões fechados no Mineirão
O Cruzeiro divulgou, nesta quarta-feira (4), uma nota oficial expressando sua insatisfação e indignação com a decisão de realizar o jogo contra o Palmeiras, válido pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, com portões fechados. A medida foi tomada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em meio a preocupações com a segurança, após episódios recentes de violência envolvendo torcedores.
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Segundo o clube, desde o dia 18 de novembro, foram feitas diversas interlocuções com órgãos responsáveis, como o Governo de Minas Gerais, Ministério Público, Polícia Militar, CBF, Federação Mineira de Futebol e o STJD. O objetivo era garantir que a partida ocorresse com as duas torcidas ou, no mínimo, com a presença da torcida cruzeirense, já que o clube não deveria ser penalizado por atos de violência atribuídos a terceiros.
Entre os dias 26 e 29 de novembro, representantes do Cruzeiro se reuniram com o Secretário Geral do Estado, Marcel Dornas Beghini, e o comandante da Polícia Militar, Cel. Carlos Frederico Otoni, solicitando garantias de segurança. No entanto, a ausência dessas garantias levou a CBF a determinar a realização do jogo sem público.
Ainda na noite de terça-feira (3), a CBF enviou um ofício à Polícia Militar pedindo reconsideração, aguardando resposta até a meia-noite. A Polícia Militar só se posicionou favoravelmente na manhã desta quarta-feira, o que, segundo o Cruzeiro, inviabilizou toda a operação necessária para receber público, incluindo segurança e venda de ingressos.
Mesmo frustrado com o desfecho, o Cruzeiro afirmou que seguirá a determinação da CBF, reforçando que trabalhou para defender os interesses de sua torcida. O clube lamentou não poder contar com o apoio da Nação Azul no Mineirão e reiterou seu compromisso com a segurança e presença dos torcedores nos estádios.
Confira a nota oficial:
“O Cruzeiro vem a público manifestar sua profunda insatisfação e indignação com o desenvolver dos acontecimentos que culminaram com a decisão que a partida desta noite aconteça com os portões fechados.
Desde o dia 18 de novembro, o clube tem atuado ativamente com interlocuções com todos os meios responsáveis, como Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério Público, Polícia Militar de Minas Gerais, Confederação Brasileira de Futebol, Federação Mineira de Futebol e Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
A partir do primeiro momento, o Cruzeiro deixou claro sua preocupação com o quesito segurança para a partida em questão, devido aos recentes acontecimentos registrados de violência. Dessa forma, pediu garantias aos órgãos de segurança para que a partida acontecesse com as duas torcidas e, caso não fosse possível, que ao menos a torcida cruzeirense tivesse acesso ao estádio, uma vez que não podia ser penalizado por atos que não foram de sua responsabilidade.
Ente os dias 26 e 29 de novembro, o Cruzeiro se reuniu com Marcel Dornas Beghini, Secretário Geral do Estado de Minas Gerais, e com o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Carlos Frederico Otoni, solicitando as garantias de segurança para a partida com as duas torcidas.
Com a ausência destes, a Confederação Brasileira de Futebol determinou que a partida fosse disputada sem a presença da torcida e, na noite dessa terça-feira, (03) enviou ofício à Polícia Militar de Minas Gerais pedindo reconsideração sobre as garantias de segurança, para que pudesse viabilizar a realização da partida com a presença dos torcedores. A CBF aguardou retorno até às 00h e, então, determinou que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras não poderia receber público.
O Posicionamento público da Polícia Militar de Minas Gerais, avaliada pelo Cruzeiro como a melhor do Brasil, reconsiderando as garantias de segurança para a partida aconteceu somente na manhã desta quarta-feira. Este fato, somado à determinação da CBF desta madrugada, mantendo os portões fechados, inviabilizaram toda a complexa operação para a partida como questões de segurança, serviços e comercialização de ingressos.
Sendo assim, esgotadas todas as possibilidades para que o clube cumpra o que tem como princípio; a presença das duas torcidas, o Cruzeiro cumprirá a determinação da CBF. Ressaltamos novamente que o clube trabalhou incansavelmente para defender os interesses de sua torcida e, até o último momento, trabalhou para que a Nação Azul pudesse estar presente e apoiar a equipe no Mineirão”.