De acordo com uma pesquisa recente, quase todos os clubes que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro 2024 podem ser serem severamente afetados por eventos climáticos extremos nos próximos 10 anos. Um estudo realizado pela consultoria ERM (Environmental Resources Management), encomendado pelo Terra FC, revela que 85% dos clubes da última edição do Brasileirão – 17 de 20 equipes – correm riscos, considerando as mudanças climáticas que afetam suas cidades-sede.
Notícias mais lidas:
Os fenômenos extremos incluem enchentes, secas, ondas de calor e queimadas. Tais eventos respondem às significativas alterações no clima da Terra, causadas pricipalmente pela irresponsabilidade humana, que acelerou o aquecimento global.
O aumento das temperaturas tem gerado efeitos adversos sobre os padrões de temperatura, precipitação e ventos, colocando muitas regiões em situação de vulnerabilidade.
O estudo pretende busca alertar o setor esportivo sobre as implicações das mudanças climáticas no futebol, numa tentativa de acordo entre os clubes, a sociedade civil e grupos comunitários. A pesquisa, que leva em consideração as cidades dos clubes, dividiu os riscos em cinco categorias: muito baixo, baixo, médio, alto e sem dados – quando não é possível avaliar.
As categorias de risco levam em consideração a intensidade e a frequência dos eventos climáticos extremos. No nível alto, a frequência é de dois anos para queimadas, cinco para ondas de calor e menos de 10 anos para inundações.
Veja clubes que podem ser afetados e quais os principais riscos:
- Athletico-PR: risco médio para queimadas, risco baixo para inundações e ondas de calor, e risco muito baixo para secas. (nenhum risco alto)
- Atlético-GO: risco alto para queimadas, médio para ondas de calor, baixo para inundações, e muito baixo para secas
- Atlético-MG: risco alto para queimadas, baixo para inundações e ondas de calor, e muito baixo para secas (nenhum risco médio)
- Bahia: risco alto para queimadas, médio para ondas de calor, baixo para inundações e muito baixo para secas
- Botafogo: risco alto para inundações, médio para queimadas e ondas de calor, baixo para secas (nenhum muito baixo)
- Bragantino: risco alto para queimadas, médio para inundações, e baixo para ondas de calor e secas (nenhum muito baixo)
- Corinthians: risco alto para queimadas, médio para inundações, baixo para ondas de calor e secas
- Criciúma: risco médio para inundações, queimadas e ondas de calor, e risco baixo para secas. Nenhum risco alto ou baixo.
- Cruzeiro: risco alto para queimadas, baixo para inundações e ondas de calor, muito baixo para secas
- Cuiabá: risco alto para queimadas e inundações, médio para ondas de calor e muito baixo para secas
- Flamengo: risco alto para inundações, risco médio para ondas de calor e queimadas, e risco baixo para secas
- Fluminense: alto para inundações, médio para ondas de calor e queimadas, e baixo para secas
- Fortaleza: alto para queimadas, médio para inundações e ondas de calor, e baixo para secas
- Grêmio: alto para inundações, médio para queimadas e ondas de calor, e muito baixo para secas
- Internacional: alto para inundações, médio para queimadas e ondas de calor, e muito baixo para secas
- Juventude: risco médio para queimadas e ondas de calor, e muito baixo para inundações e secas
- Palmeiras: risco alto para queimadas, médio para inundações e baixo para ondas de calor e secas
- São Paulo: alto para queimadas, médio para inundações e baixo para ondas de calor e secas
- Vasco: alto para inundações, médio para ondas de calor e queimadas, e baixo para secas
- Vitória: alto para inundações e queimadas, médio para ondas de calor e baixo para secas