Ele recusou várias propostas e preferiu ficar no São Paulo

Escudo do São Paulo (Foto: Reprodução/São Paulo)

Rodriguinho viveu uma noite inesquecível na terça-feira (20), ao marcar seu segundo gol como profissional pelo São Paulo. O feito, ocorrido no confronto contra o Náutico pela Copa do Brasil, veio 1048 dias após sua estreia marcante em julho de 2022, quando balançou as redes pela primeira vez.

O reencontro com o gol emocionou o técnico Luis Zubeldía, que chegou a invadir o campo para comemorar e foi advertido com cartão amarelo pela arbitragem.

O meia, revelado pelas categorias de base do clube, já havia demonstrado potencial em sua primeira oportunidade no time principal, que surgiu em meio a escassez de opções no meio-campo. Contudo, o caminho até o novo momento de destaque foi repleto de obstáculos, incluindo problemas físicos, perda de espaço no elenco e decisões importantes sobre seu futuro.

Obstáculos físicos e ausência de sequência

Ainda em 2022, o então técnico Rogério Ceni optou por não dar continuidade às oportunidades para Rodriguinho. Um incômodo nas costas afastou o atleta por duas semanas e encerrou de forma precoce sua temporada. Já em 2023, a chegada de Dorival Júnior parecia abrir uma nova fase. O treinador afirmou publicamente que o jogador estava “pedindo passagem”, o que resultou em minutos importantes em campo.

Aliás, nesse período, o desempenho do jovem despertou interesse do Paris Saint-Germain. Olheiros da equipe francesa chegaram a assistir a seus jogos no Brasil e relataram boa impressão. Apesar disso, o São Paulo decidiu mantê-lo no elenco. Entretanto, com a presença de nomes como Lucas e James Rodríguez, o espaço tornou-se escasso e Rodriguinho acabou sendo deslocado ao time sub-20 na reta final da temporada.

Permanência diante das ofertas e novo voto de confiança

No início de 2024, a permanência no clube esteve em xeque. O meia foi monitorado por um rival brasileiro e recebeu propostas de outras equipes da Série A. Contudo, preferiu permanecer no Morumbi. Conforme o cenário à época, a diretoria via com bons olhos um possível empréstimo, para que ele adquirisse mais rodagem em partidas profissionais.

Posteriormente, a saída de James amenizou a disputa interna e reforçou a promessa de novas chances. Em 2025, quando enfim havia espaço no planejamento, uma lesão no joelho atrasou sua reintegração ao elenco por mais de um mês. Mesmo recuperado, não teve grandes oportunidades até a noite contra o Náutico.

Gol e recado direto do técnico

Entrando no segundo tempo no lugar de Lucas Ferreira, Rodriguinho protagonizou um dos lances mais importantes do duelo. Com personalidade, arriscou de fora da área e marcou com categoria. O gol, além de garantir a classificação da equipe, serviu como afirmação pessoal. Zubeldía, visivelmente empolgado, fez questão de reforçar sua mensagem durante a entrevista coletiva.

“Eles têm que demonstrar constantemente, e não em um jogo ou outro”, afirmou o treinador. “Hoje, ele aproveitou, e agora é seguir buscando mais minutos”, completou, cobrando regularidade do jogador.

Um marco simbólico em meio à resiliência

Assim sendo, o retorno de Rodriguinho ao protagonismo após quase três anos evidencia não apenas sua persistência, mas também os desafios enfrentados por promessas das categorias de base de grandes clubes. Com apenas 21 anos, o meia ainda busca firmar sua trajetória na equipe principal.