O momento do Fortaleza na temporada de 2025 é dos mais delicados dos últimos anos. Após mais uma derrota na Série A do Campeonato Brasileiro, desta vez para o Cruzeiro, o CEO do clube, Marcelo Paz, veio a público reforçar seu apoio irrestrito ao técnico Juan Pablo Vojvoda.
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Paz afirmou que, apesar das seguidas tentativas de mudança de postura e rendimento, os resultados não apareceram. “Já houve conversa com o elenco, cobrança, mudança em escalação, mas que nada faz efeito no atual momento”, revelou.
Ainda assim, destacou que o técnico argentino permanece como uma figura de confiança, tanto pela história construída no clube quanto pelo comprometimento demonstrado diariamente. “Declaro aqui todo o apoio à comissão técnica, ao Vojvoda, ao profissional que se dedica demais pelo bem do Fortaleza, que tem história no clube e que vem sofrendo”.
Conforme o dirigente, o grupo de jogadores será o principal alvo de reformulações, a fim de reverter a trajetória negativa. “Precisamos de mudanças mais drásticas, então vai haver saída nesse elenco, chegada, para que a gente corrija esse rumo”, declarou. Ele também criticou duramente o desempenho do elenco, classificando as atuações como vergonhosas e reconhecendo o afastamento gradual dos torcedores das arquibancadas. Em síntese, se mostrou preocupado com o futuro do Leão do Pici na temporada: “nossa luta esse ano é para não cair”.
Aliás, os resultados recentes ajudam a explicar o cenário: eliminação precoce na Copa do Brasil, perda do estadual e campanhas decepcionantes na Copa do Nordeste e no Brasileirão. O Fortaleza ocupa atualmente uma posição próxima à zona de rebaixamento e vive a expectativa de um confronto decisivo contra o Racing, pela Libertadores, na próxima quinta-feira (29), às 21h30 (horário de Brasília), na Argentina.
Enquanto o treinador evita entrevistas e demonstra abatimento, a diretoria tenta blindá-lo e transferir a pressão para o elenco. “Não podemos deixar que um trabalho que tanto fez pelo Fortaleza vá por água abaixo de forma tão fácil”, afirmou Paz, reforçando o comprometimento institucional com o técnico.
Em meio à turbulência, o dirigente busca reequilibrar o ambiente interno, mesmo que para isso precise tomar decisões impopulares. Afinal, como ele próprio ressaltou, o objetivo agora é apenas permanecer na elite nacional.