São Paulo aprova contas de 2024 com déficit de R$ 287 milhões e projeta contenção

Casares, presidente do São Paulo, durante entrevista para a ESPN (Foto: Reprodução/ESPN)

O São Paulo é um dos gigantes do futebol mundial, mas nos últimos anos enfrenta vários problemas, inclusive, financeiros. Recentemente, o Conselho Deliberativo do clube aprovou as contas de 2024, no qual se revela que a dívida total está próxima de R$ 1 bilhão.

Com campanhas que aproximam o clube da torcida, os bônus de apostas ganham espaço entre torcedores do SPFC, incentivando a interação fora dos gramados. Jogue com responsabilidade.

Com déficit de R$ 287 milhões em 2024, o clube do Morumbi saltou de R$ 856 milhões para R$ 968,2 milhões em dívidas totais, um crescimento de R$ 112,2 milhões em um ano.

Presidente fala sobre cenário atual

Utilizando as redes sociais, o presidente do São Paulo, Julio Casares, falou sobre a situação financeira atual do clube.

“É claro que o resultado não é o que gostaríamos, mas temos um planejamento para estancar a sangria da dívida e deixar o São Paulo Futebol Clube com mais musculatura para quem me suceder e para o centenário, em 2030”, afirmou.

Em seguida, Julio Casares também explicou alguns motivos que geraram esse valor de déficit, onde segundo ele, são quatro pontos principais, começando pela manutenção de um time competitivo.

“Pagamento de juros bancários oriundos da dívida e de empréstimos contraídos pela necessidade de manter o fluxo de caixa para pagamentos rotineiros e de curto prazo (…). Pagamento de tributos e multas, alguns oriundos da pandemia e que resultaram quase R$ 90 milhões negativos; mudança de como a base passou a ser registrada, não constando mais como investimento e sim como despesa e onerando a dívida em cerca de R$ 40 milhões”, detalhou.

Vale destacar que o São Paulo registrou receita recorde no faturamento, totalizando R$ 731 milhões, acima de 2023, quando levaram a Copa do Brasil. Porém, com dívidas altas, os torcedores ficam apreensivos, já que compromete o futuro do clube.

São Paulo tem planos para melhorar situação financeira

O São Paulo tem como meta chegar ao seu centenário, em 2030, com as finanças equilibradas. Para isso, duas ações fundamentais já foram colocadas em prática pela diretoria.

A primeira iniciativa foi a criação do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que tem como objetivo arrecadar recursos do clube para o pagamento de compromissos financeiros. 

Em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, o Tricolor destinará receitas diretamente ao FIDC, permitindo o pagamento de dívidas, tributos e a manutenção do fluxo de caixa. Até o momento, o fundo já movimentou R$ 135 milhões.

Dessa forma, os próximos anos devem ser focados em equilibrar as contas e manter um time competitivo, mas sem investimentos pesados, respeitando um teto com o FIDC.

Além disso, o São Paulo também teve um segundo ato fundamental, que foi a renovação de contrato com a Superbet, patrocinador master do clube e de outros times como o Fluminense. O acordo anterior rendia R$ 52 milhões por ano, mas a renovação até 2030 veio com valorização.

Sem contabilizar as bonificações, a equipe receberá em média R$ 103 milhões por temporada, começando com R$ 78 milhões em 2025 e chegando até R$ 140 milhões em 2030.

Portanto, são mais de R$ 600 milhões garantidos, mas com a possibilidade de um histórico contrato de R$ 1 bilhão, apenas com o patrocinador. Dessa forma, a meta do Tricolor é chegar no centenário com R$ 2 bilhões no caixa em recebíveis garantidos, sem contar com vendas de atletas, bilheterias, sócio torcedor, investimento estratégico na base, patrocínios diversos, entre outros.