A declaração de Mauro Cezar direcionada a Seleção Brasileira

Mauro Cesar em Programa pela Jovem Pan - Foto: Reprodução/Jovem Pan

A estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira, realizada na quinta-feira (5), foi marcada por um empate sem gols diante do Equador, em Guayaquil, pela 15ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O desempenho da equipe foi alvo de análises, e uma das críticas mais contundentes partiu do jornalista Mauro Cezar Pereira, que abordou principalmente a atuação de Richarlison.

Durante participação na Jovem Pan Esportes, Mauro foi direto ao avaliar o camisa 9. “O nível do Richarlison caiu muito da Copa para cá. Ele teve vários problemas. Conseguiu melhorar um pouco seu desempenho no seu clube (Tottenham), mas hoje, claramente assim, sem a menor condição de ser um atacante da Seleção Brasileira. Para mim é um nome quase descartado nos próximos jogos, não mostrou nada”, afirmou.

Escudo da CBF (Foto: Reprodução)

A atuação do atacante foi apenas uma das preocupações no desempenho geral da Seleção. O time demonstrou dificuldades para criar jogadas ofensivas e, ainda que tenha apresentado um esforço coletivo notável, com jogadores recuando para marcar, as falhas técnicas foram visíveis. Estêvão, por exemplo, apesar de ser titular, passou boa parte do tempo ajudando na marcação, sem conseguir levar grande perigo ao adversário.

Ancelotti teve apenas três sessões de treinamento com o grupo antes da partida. Isso, segundo Mauro, justifica parte das dificuldades enfrentadas em campo. “Não esperava muito além disso, né? Poucos dias de trabalho, poucos dias de treinamento. Ele não conhece os jogadores profundamente. Uns ele conhece de enfrentar, de ver, de observar, outros nem tanto”, analisou o comentarista.

No segundo tempo, o Brasil seguiu sendo pressionado de forma moderada pelo Equador, que manteve o controle da partida. Ancelotti tentou mudar o panorama ao sacar Richarlison e Estêvão, promovendo as entradas de Matheus Cunha e Gabriel Martinelli. A equipe até esboçou uma reação ofensiva, mas continuou com dificuldades para ser efetiva nas finalizações. Alisson, por sua vez, teve participação importante ao evitar que os equatorianos abrissem o placar.

Apesar da atuação considerada abaixo das expectativas, o contexto favorece uma análise mais tolerante. Afinal, a formação da equipe sofreu mudanças significativas e o trabalho de Ancelotti ainda está em fase inicial. O empate fora de casa, diante de um adversário tradicionalmente difícil, acabou sendo considerado um resultado aceitável neste momento de transição.