A resposta do médico do Flamengo ao ser questionado sobre o doping de Gabigol

Gabigol em jogo do Flamengo contra o Athletico-PR pela Copa do Brasil (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

O futebol brasileiro viveu momentos de tensão e surpresa com a recente notícia da suspensão de Gabigol, atacante do Flamengo, por dois anos. O motivo da punição, revelado pelas autoridades esportivas, está atrelado a uma tentativa de fraude em um exame antidoping, um incidente que tem provocado amplos debates sobre a integridade no esporte. Este caso particular ocorreu em abril de 2023, marcando um ponto de inflexão na carreira do jogador e nas políticas de controle de dopagem no futebol nacional.

Durante um exame surpresa realizado no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, Gabigol foi acusado de dificultar o trabalho dos profissionais encarregados pelo controle de dopagem, além de adotar um comportamento hostil com os funcionários. Essa conduta inadequada, segundo os regulamentos esportivos, poderia ter acarretado uma suspensão de até quatro anos. Entretanto, o atleta recebeu uma pena de dois anos, uma decisão que ainda permite alguma esperança para o futuro de sua carreira, através de um possível recurso.

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O Flamengo expressou sua intenção de contestar a decisão. A defesa do jogador buscará um efeito suspensivo, que lhe permitiria voltar aos campos até que o recurso seja julgado. Além disso, o clube anunciou que apelará à Corte Arbitral do Esporte (CAS), visando a absolvição de seu atacante. Esses movimentos legais sublinham a complexidade do caso e a disposição do Flamengo em lutar pela reputação e pela carreira de Gabigol.

Por outro lado, a reação do médico do Flamengo, Márcio Tannure, aos questionamentos sobre o caso foi de cautela. Em declarações públicas, ele evitou entrar em detalhes específicos sobre a suspensão, mas fez questão de ressaltar a posição do clube a favor da realização de testes antidoping, apesar de reconhecer o desconforto que eles podem gerar aos atletas. Tannure destacou a importância desses exames como ferramentas de proteção ao atleta e de promoção da isonomia esportiva, refletindo a postura do Flamengo como uma instituição que valoriza a integridade no esporte.

— A informação que eu tenho é a mesma de vocês. Não tenho autorização para falar desse assunto sem assessoria do clube. Mas nós temos hierarquia e um organograma. Para eu falar desse assunto, só através da assessoria de imprensa oficial do clube. Espero que entendam e me respeitem. Aqui no Brasil, nós temos que elogiar porque o futebol é o esporte mais testado. Óbvio que nenhum jogador gosta de ser testado, tem uns com medo de agulha para fazer o exame de sangue, disse Marcio Tannure antes finalizar.

— Temos que entender a peculiaridade de cada um. Mas é óbvio que somos a favor do antidoping. É uma política de proteção ao atleta e de isonomia esportiva. É importante. O Flamengo vem disputando todas as competições, então é o time que mais fez antidoping. As palavras se perdem, os atos ficam. A gente tem experiência há muito tempo e nunca teve intercorrência. Eu não posso falar que é confortável, nem tudo no teu emprego é confortável, claro, concluiu ele.