O Flamengo está avançando em seu projeto para a construção de um estádio próprio, escolhendo a área do Gasômetro após considerar diversas alternativas. Esse projeto apresenta características arquitetônicas mais semelhantes ao estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, do que ao icônico Maracanã. Com uma área de 87 mil metros quadrados, o terreno do Gasômetro é menor que a maioria dos grandes estádios brasileiros, como a Arena da Amazônia e a Arena da Baixada.
Para acomodar uma grande quantidade de torcedores em uma área limitada, o Flamengo aposta em uma abordagem mais vertical na construção do estádio. O presidente do clube, Rodolfo Landim, detalhou que já foi elaborado um anteprojeto que inclui a criação de uma grande praça na frente do estádio, onde poderiam ser instalados restaurantes e telões para transmitir jogos.
— É sim (possível colocar um estádio de 80 mil pessoas numa área de 87 mil m²). A gente já fez um anteprojeto de colocação desse estádio. Ainda daria a chance de a gente fazer uma grande praça na frente. Em volta dessa praça, a gente poderia colocar uma série de restaurantes, pontos e tal. Nessa praça, inclusive, poderíamos colocar telões para quem não tiver condição de ir aos grandes jogos ou para quem não conseguir ingresso — afirmou Landim.
Landim mencionou inspirações como o Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund, e o estádio do Real Madrid, ambos conhecidos por sua verticalidade. O objetivo é criar um ambiente mais compacto e moderno, em contraposição ao desenho mais antigo e aberto do Maracanã.
— Quando você usa o Maracanã, ele tem um desenho mais antigo, um desenho aberto. É parecido com os estádios antigos, nos quais você tinha ainda uma pista em volta. E a ideia é que seja um estádio bem mais encaixado. Um exemplo é o do Real Madrid, um estádio bem mais vertical — disse o presidente.
Apesar dos desafios, como as negociações com a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo de investimentos do terreno do Gasômetro, Landim está confiante na conclusão da compra até o final deste ano, antes do término de seu segundo mandato. O clube espera reduzir os custos da compra transferindo o “potencial construtivo” da Gávea para o novo estádio, o que pode significar um investimento total entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.
