A preparação do Flamengo para as finais do Carioca, contra o Fluminense, tem um desafio a mais para Vítor Pereira: manter em sigilo a escalação que mandará a campo. As informações sobre o time virem a público antes das partidas gera um incômodo no departamento de futebol, como Everton Ribeiro deixou claro nesta quinta, no CT, e o treinador tem adotado diferentes estratégias.
— Ele (Vítor Pereira) vem alternando bastante. Às vezes ele passa o time na preleção. Outras vezes dois dias antes. Ele vem testando algumas coisas, mas isso não interfere muito. A gente treina durante a semana. Cada um sabe o que tem que fazer dentro de campo. Ele ainda não passou (o time que vai jogar no sábado). Quem estiver entre os 11 tem que fazer o melhor – avaliou o meia.
O problema ganhou força na discussão pública justamente após o clássico com o Fluminense, pela Taça Guanabara. Após a vitória tricolor por 2 a 1, o técnico Fernando Diniz admitiu que, ao saber as possíveis mudanças que o Flamengo teria – as quais foram confirmadas – possibilitou um estudo maior por parte de sua comissão técnica, o que, na visão do treinador, colaborou com o Fluminense.
Questionado, Everton Ribeiro foi sincero, mas minimizou o impacto disso quando a bola rola.
— Não é o motivo pelo qual perdemos ou ganhamos, mas incomoda, atrapalha na questão de surpreender o adversário. Tentamos deixar isso de lado, treinar o que precisamos. É dentro de campo que vamos resolver – afirmou o capitão do Flamengo, antes da atividade no Ninho do Urubu.
Segundo apuração do jornal ‘Lance’, Vítor Pereira mantém conduta que gerou incômodo com o elenco do Corinthians, onde trabalhou em 2022. O técnico do Flamengo tem como costume avisar aos jogadores apenas no dia do jogo quem será titular. Foi o caso, por exemplo, vivido por Everton Ribeiro, quando o português optou por Arturo Vidal. Foi a primeira grande mudança de VP no clube.
Retirado de: Lance
