Adriano recusou oferta para se tornar a contratação mais cara da história

Adriano Imperador em ação pelo Flamengo no Maracanã (Foto: Celso Pupo/Fotoarena)

Contratado pela Inter de Milão junto ao Flamengo em 2001, quando tinha apenas 19 anos, o ex-atacante Adriano foi um dos principais nomes do clube entre 2004 e 2009, depois de uma curta adaptação na Itália passando por Fiorentina e Parma. E em 2005, no seu auge, o jogador teve uma proposta muito boa da Premier League, mas recusou.

Em entrevista ao “The Players Tribune”, Adriano revelou que o Chelsea tentou contratá-lo e ofereceu 100 milhões de euros (R$ 283,7 milhões na época), mas em respeito ao presidente da Inter na época, Massimo Moratti, ele decidiu recusar um caminhão de dinheiro para seguir na Itália.

Inclusive, se tivesse aceitado a proposta, o brasileiro teria se tornado a contratação mais cara da história naquela época, já que naquele momento Zinedine Zidane, contratado pelo Real Madrid, era o reforço mais caro, ao custo de 65 milhões de dólares (R$ 152,9 milhões nas cifras da época).

Adriano ainda revelou que o fato de ter sido leal a Moratti naquela época o ajudou a ser liberado de graça pelo clube italiano para voltar e ser campeão brasileiro com o Flamengo, em 2009.

— Eu poderia ter ido para o Chelsea e não fui em consideração ao Moratti. Na época, eram 100 milhões. Por Deus. Não (fui por lealdade). Eu voltei para a Inter. Por isso que ele (Moratti) me liberou (em 2009 de graça). Sabe quanto eu ia pagar (para ser liberado)? Sete milhões de euros (R$ 19,8 milhões). Só de multa para voltar. Aí ele: ‘Não. É isso que você quer mesmo?’. Aí eu disse ‘Moratti, quero. Não quero ficar aí para mentir para o senhor’. Ele disse ‘Então tá bom, tá liberado’. Assinou minha rescisão, eu não paguei nada, disse.

— Não que eu não quis (ir para o Chelsea). Quando cheguei na Itália, Moratti me abraçou de uma maneira. Levei todo mundo da minha família para a Europa. 44 pessoas. Ele botou um ônibus para minha família. Não esqueço nem por um caramba. Tenho muita (consideração). Coisas boas a gente não pode esquecer, prosseguiu.

Por último, ele ainda lembrou que a morte do seu pai, Mirinho, em 2004, foi um divisor de águas na sua carreira. O ex-atacante revelou que o momento foi muito difícil, interferindo diretamente na sua carreira.

— Eu não estava com cabeça. Não era mais eu. Depois que meu pai morreu, mexeu com minha cabeça. Não conseguia mais ser eu, jogar com alegria, paixão. Não estava conseguindo, finalizou.

Retirado de: ESPN